domingo,24 novembro, 2024

Aeroportos: despacho autônomo de malas está mais comum no Brasil

Ao passo que aviação caminha para transformações sustentáveis, aeroportos também devem inovar com tecnologia

A tecnologia tem influenciado não só o setor da aviação com novas formas de abastecimento e energias sustentáveis, mas também a própria dinâmica dos aeroportos. A automatização dos serviços de atendimento é uma das possibilidades capazes de mudar a forma como os passageiros viajam e como as companhias aéreas operam.

Isso já tem acontecido: um levantamento recente da LATAM mostrou que seis em cada dez passageiros já despacham a bagagem de forma autônoma, agilizando o check-in e evitando atrasos nos voos.

Autoatendimento nos aeroportos

O levantamento da companhia aérea LATAM mostrou o crescimento de tecnologias de autoatendimento nos aeroportos brasileiros. Confira dados sobre a tendência:

  • Segundo o estudo, de janeiro a dezembro de 2023, foram quase 1,8 milhão de bagagens despachadas de forma autônoma no país, nos 10 aeroportos que já contam com o serviço.
  • O número representa um aumento de 52% em relação a 2022, quando o número ficou em 1,1 milhão.
  • Na prática, isso mostra que 56% das malas despachadas nesses terminais em 2023 contaram com uma “mãozinha” da tecnologia. Ou seja, seis a cada dez passageiros preferiram o autoatendimento.

A LATAM destaca que o processo leva menos de 40 segundos e mostra a transformação digital tendo benefícios objetivos.

O despacho autônomo de bagagens é uma inovação que traz tanto ganhos para o cliente, que tem um serviço simples, rápido e seguro, quanto para a companhia, que consegue carregar as aeronaves com mais agilidade e garantir a pontualidade dos voos.

Derick Barboza, diretor de Aeroportos da LATAM Brasil.
Despacho automático está disponível em 10 aeroportos no Brasil (Foto: LATAM/Divulgação)

Tecnologias sustentáveis na aviação

Além dos serviços aeroportuários, o setor da aviação também está mudando. Importantes potências mundiais já estabeleceram metas ousadas para diminuir as emissões de gases do efeito estufa.

Os Estados Unidos é um deles, se comprometendo a zerar as emissões da aviação até 2050. O Reino Unido tem o mesmo plano marcado para 2040.

Algumas alternativas para isso são a mudança nos combustíveis dos aviões para hidrogênio ou combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). Porém, essas soluç(Imagem: Pexels)ões também enfrentam desafios.

(Imagem: Pexels)

SAF vs. hidrogênio

O SAF é um biocombustível que produz menos emissões que o combustível tradicional. Atualmente, ele é mais sustentável e fácil de ser fornecido aos aeroportos, já que pode ser transportado por tubulações existentes. Isso porque a mudança no abastecimento também envolve levá-lo até os aviões, o que requer infraestrutura.

A dúvida em relação ao SAF é a produção em grande escala por um valor viável. Do contrário, ele é mais caro e pode afetar no preço final das passagens, o que desestimularia sua adesão.

Assim, aumenta-se o interesse no hidrogênio, que comprovadamente funciona nos aviões. No entanto, para ser útil, ele precisa estar na forma líquida, o que acontece em uma temperatura altíssima e envolve uma estrutura que os aeroportos atuais, novamente, não têm. O Olhar Digital explicou outros desafios de ambos combustíveis aqui.

Com isso, não é possível definir exatamente quando a indústria de aviação se tornará limpa e, por enquanto, talvez os avanços fiquem somente nos aeroportos.

Fonte: Olhar Digital

Redação
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