A tecnologia oferece diversas soluções e inovações para todos os setores, mas esse conhecimento também precisa ter um importante papel de vetor do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Este foi o tema do painel no palco What’s Next, um dos principais dessa edição da Campus Party Brasil neste sábado, 12. A feira de tecnologia ocorre até o dia 15 de novembro, terça-feira.
O evento foi comandado por Tânia Cosentino, general manager na Microsoft Brasil, que chamou a atenção do público para outro papel da tecnologia. “Podemos ir muito além do que ficar desenvolvendo coisas bacanas e técnicas. A gente pode realmente endereçar os principais desafios do nosso planeta e nossa sociedade”, destacou.
Ela ainda reforçou a necessidade das empresas, independentemente do tamanho, terem um compromisso com os ODs (Objetivos de Desenvolvimento) da ONU e do Pacto Global. Tania comentou sobre algumas das metas da Microsoft como, ser netzero de carbono até 2030 e water positive também até 2030. “Temos a urgência de acelerar uma jornada rumo a uma economia de baixo carbono.”, complementou.
A executiva aproveitou para citar algumas maneiras que a tecnologia pode ser usada em determinados cenários de putas ambientais. Um dos exemplos foi a utilização de IA (Inteligência Artificial) para rastreamento de espécies em extinção. Tânia também citou uma inciativa que ela participa e tem essa essência e objetivo. “O Projeto PrevisIA monitora a floresta amazônica via dados de satélite e cruza com dados econômicos e demográficos e o algoritmo consegue identificar áreas de futuro desmatamento”, explicou.
Ainda sobre alguns projetos e a agenda de compromissos que a Microsoft trabalha, Tânia mencionou iniciativas ambientais, mas também de capacitação profissional e que impactem a economia. “Uma empresa como a Microsoft, com privilégio de ser uma companhia grande e quem tem capacidade e impacto, ela tem por obrigação gerar um impacto positivo na sociedade”, completou.
A general manager também abordou questões sobre a educação e abordou a obrigação de capacitar e recapacitar profissionais agora e também nos próximos anos. “Temos que recapacitar uma força gigante de trabalho que vai, sim, ser desmobilizada devido à inteligência artificial. A gente estima que até 2030, 45 milhões de brasileiros deverão ser recapacitados”.
Tânia ainda pontuou a necessidade de agir localmente, apesar de ser uma empresa global. Para ela, a parceria com o governo, instituições civis e empresas da região são fundamentais para promover esse desenvolvimento fora dos grandes centros. Por último, ela fez um apelo para que seja incentivado cada vez mais a presença de mais mulheres no segmento de tecnologia.
Imagem: Marcelo Audinino
Por: Marcelo Audinino