Introdução
A geografia econômica, um ramo do estudo que explora onde as pessoas trabalham e por que, tem sido uma disciplina estabelecida há muito tempo. A partir do momento em que a tecnologia começou a se infiltrar em nossa vida cotidiana, essa disciplina ganhou uma nova dimensão. A nova geografia econômica (NEG) aborda a forma como a tecnologia está moldando a economia mundial e a maneira como as pessoas trabalham.
A Evolução da Geografia Econômica
Na segunda metade do século XIX, a geografia econômica era dominada pela concentração industrial. As empresas se agrupavam em torno dos maiores mercados, impulsionadas pelo crescimento da produção em grande escala e pelo advento das ferrovias. Isso levou ao surgimento do ‘cinturão manufatureiro’, uma concentração da indústria no Nordeste e no Centro-Oeste dos Estados Unidos.
Na década de 1920, as ‘forças centrífugas’ começaram a ganhar força. A eletrificação e o transporte rodoviário começaram a dispersar a indústria e a riqueza. As fábricas começaram a se mudar para áreas menos densas, resultando em uma economia mais igualitária.
A Ascensão da Economia do Conhecimento
A partir de 1980, a geografia econômica começou a mudar novamente. Com o surgimento da economia do conhecimento, as empresas passaram a procurar se localizar em áreas metropolitanas grandes. Isso foi impulsionado pelo desejo de acesso a um grande conjunto de trabalhadores altamente qualificados.
As oportunidades crescentes nessas áreas atraíram mais trabalhadores qualificados, aumentando as disparidades regionais.
As Cidades Superestrelas
Um estudo da Brookings Institution destacou o domínio das cidades ‘superestrelas’. Essas cidades estão se destacando rapidamente do resto do país. Enquanto essas grandes áreas metropolitanas costeiras estavam se expandindo, grandes partes dos Estados Unidos estavam sendo deixadas para trás.
O Impacto da Covid-19
A pandemia de covid-19 trouxe mudanças inesperadas. Inicialmente, parecia que a densidade populacional poderia ser uma fonte de risco de contágio. No entanto, à medida que aprendíamos mais sobre a doença e as vacinas se tornavam disponíveis, essa preocupação desapareceu.
A pandemia acelerou a mudança para o trabalho remoto. Muitas pessoas que tinham acesso à internet de alta velocidade foram forçadas a trabalhar de casa devido ao medo do contágio. Isso resultou em um grande número de trabalhadores aprendendo a interagir online.
O Futuro do Trabalho Remoto
Embora o trabalho remoto esteja aqui para ficar, há uma grande diferença entre o trabalho totalmente remoto e o trabalho híbrido. O trabalho totalmente remoto pode ser feito de qualquer lugar, enquanto o trabalho híbrido ainda exige a proximidade de uma grande área metropolitana.
A ascensão do trabalho híbrido pode reforçar as vantagens dos centros metropolitanos superestrelas. Isso acontece porque reduz um dos principais inconvenientes de trabalhar em uma grande cidade – o tempo e o gasto com o deslocamento. Os trabalhadores híbridos não precisam se deslocar tanto quanto os trabalhadores em tempo integral no escritório.
A Influência da Nova Tecnologia
A nova tecnologia não removerá a vantagem que as grandes cidades conquistaram na última geração. No entanto, pode forçar grandes mudanças em sua estrutura interna. O que faremos com todo esse excesso de espaço de escritório?
No momento, não parece que haverá outra reversão histórica na geografia da economia. No entanto, a tecnologia continuará a moldar a maneira como trabalhamos e onde vivemos.
Conclusão
A nova geografia econômica está viva e bem em 2023. A tecnologia continua a moldar a maneira como trabalhamos e onde vivemos. Embora o trabalho remoto esteja aqui para ficar, é improvável que substitua completamente o trabalho presencial. As cidades superestrelas continuarão a atrair trabalhadores altamente qualificados, e as áreas menos densas continuarão a ser deixadas para trás. No entanto, a tecnologia continuará a moldar a geografia econômica de maneiras que ainda não podemos prever.
Fonte: Redação Noticias de emprego