A câmera do telescópio Large Synoptic Survey Telescope (LSST), que fará parte do Observatório Vera C. Rubin, será a mais poderosa do mundo, com 3,2 bilhões de pixels de resolução — o equivalente a mais de 200 iPhones 13 juntos. A câmera ainda não está completa, mas todos os seus componentes mecânicos foram unidos em uma única estrutura.
A lente mede 1,6 m de altura, 1,5 m de diâmetro e tem três toneladas. Considerada a maior lente já criada deste tipo, a câmera conta com 189 sensores de aproximadamente 16 milímetros cada, com resolução o suficiente para capturar imagens de poeira sobre a superfície lunar, por exemplo.
Vincent Riot, gerente do projeto da câmera, explica que os sensores do equipamento tiveram custos altíssimos para serem produzidos, e que qualquer erro no alinhamento poderia danificá-los. Assim, uni-los foi como “estacionar Lamborghinis com milímetros de distância”.
A câmera vem chamando tanto a atenção do público que a equipe do Laboratório Acelerador Nacional, do SLAC, vem levando visitantes para a sala limpa, em que a câmera está. “Quando não estão tirando dúvidas sobre a câmera de 3.200 megapixels que vai tirar foto para o LSST, a equipe está testando o obturador e o sistema de troca de filtros dela”, explicaram.
Até o fim do ano, a câmera receberá um sistema de refrigeração atualizado, que a deixará pronta para os últimos testes antes de viajar ao Chile em 2023, a “casa” do observatório. Quando estiver em operação, o telescópio terá o objetivo principal de trabalhar durante anos em um levantamento dem busca de respostas para perguntas fundamentais sobre o universo, como assinaturas da energia escura, asteroides e mais.
Fonte: LSST
Por: Danielle Cassita