sexta-feira,20 setembro, 2024

A liderança em ESG requer uma postura proativa

Algumas raras vezes as minhas colunas provocam discussões e insights mais aprofundados. É isso que aconteceu na semana passada. Na minha penúltima coluna, eu perguntei: de onde vem a motivação das empresas em trabalhar o ESG? Argumentei que a motivação das empresas em tratarem o ESG vem dos investidores, dos clientes ou da liderança da companhia.

A habilidade de responder a questões ESG

Se a motivação vem dos investidores ou clientes, a empresa é reativa porque responde a uma pressão do mercado – e precisa treinar suas responsabilidades e habilidades de responder a questões externas. A empresa por si, não se dedicaria a esses temas sociais e ambientais, não fosse essa pressão. Consequentemente, ela atua com ESG, mas não por vontade própria. E isso tem um impacto profundo em como a organização enxerga a oportunidade de inovar com ESG.

A postura reativa limita a inovação em ESG e o benchmarking – algo como “Vou fazer tanto como outras empresas, mas não mais”. É algo que se reflete também na governança. A empresa adota um ponto de vista de riscos ESG com uma postura que pode ser resumida em: “Vamos continuar fazendo o nosso negócio de um jeito que tenha menos impactos negativos”. Essas empresas não vão nos trazer as soluções que precisamos para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODs) da ONU. Vão fazer o mínimo necessário para poder responder a essas questões.

Impacto e liderança em ESG

A liderança em ESG requer uma postura proativa. A empresa faz por vontade própria e não apenas porque alguém está demandando respostas sobre seu desempenho socioambiental. Ela procura caminhos para aumentar os impactos positivos na sociedade porque entende que o negócio pode ser usado como uma plataforma de impacto em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Consequentemente, insere questões ESG no seu processo de inovação e se esforça para oferecer os produtos e serviços mais sustentáveis no mercado.

De novo, isso se reflete na governança: a empresa escolhe indicadores desafiadores e instala comitês em que estratégia, inovação e sustentabilidade são discutidos juntos. O negócio usa ferramentas avançadas como a teoria de mudança e impacto para determinar se está chegando perto da sua visão. Ela coloca sua intenção de impacto no estatuto, como fazem as empresas B (um novo tipo de negócio que equilibra propósito e lucro). Essas empresas conseguem te contar uma narrativa consistente, sobre o por que, como e o que estão fazendo em termos de ESG (para todos que conhecem o Círculo Dourado do Simon Sinek).

Agora, posso te pedir uma ajuda com meu maior desafio profissional? A grande pergunta onde estou precisando de seus insights é: como a gente transforma empresas reativas em proativas frente ao ESG?

*Heiko Hosomi Spitzeck é diretor do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral

Fonte: Época Negócios

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