O TikTok impactou na forma de consumir conteúdo e isso já não é mais segredo. Um estudo proprietário inédito da Curious, agência boutique de publicidade que une dados e criatividade para articular cultura, comportamento e negócios, informa que os short-videos são a melhor forma de engajar a audiência das marcas. Os formatos que mais trazem resultado por parte dos creators são as ‘dancinhas’ (29,5%), vídeos educativos e tutoriais (23,4%), o que estiver em alta (19,2%), humor e pegadinha (15,7%), e dublagem (12,1%).
Mas, além disso, outras tendências estão ganhando escala com as mudanças nas interfaces e algoritmos das redes sociais, tudo isso visando alcançar o patamar do TikTok. “Há vários fatores que podem explicar o sucesso da plataforma, principalmente entre a Geração Z, mas o maior deles é que ela atende exatamente aos principais anseios desse público: eles tendem a ser mais fluidos e imediatistas que as gerações anteriores e, por consequência, têm uma sede maior para consumir conteúdos rápidos e que ampliam a ‘bolha’ nas quais eles estão inseridos”, explica Caio Machado, Diretor Executivo da Curious.
Além dos short-videos, quais tendências já podem ser vistas e que vão ganhar escala neste ano nas redes sociais? Caio Machado apresenta quatro temas centrais que vão nortear esse debate. Confira!
- Disseminação do social health
Os conteúdos sobre a ‘vida real e sem filtros’ está ganhando força nas mídias e isso é uma consequência do aumento da ansiedade entre os jovens. “70% das pessoas disseram que o Instagram fez com que eles se sentissem pior em relação à própria imagem. Apenas esse dado mostra o quanto as plataformas têm um poder gigante sobre a percepção da realidade dos indivíduos e o debate ganha novas camadas quando entramos em problemas de ordem psicológica. O social health vem como uma saída para mostrar que o que é apresentado é apenas um recorte de um todo que, como tudo na vida, não é perfeito”, explica Caio.
- Consolidação das plataformas de conteúdo
Segundo o executivo, as redes sociais deixaram de assumir o papel de conexão e passaram a ser plataformas de consumo de informação e conteúdo. “Essa tendência pode ser entendida como uma adaptação das mídias digitais ao comportamento da Geração Z. Por serem nativos digitais, eles desejam consumir informações de uma forma mais rápida e olhar para conteúdos que estão de acordo com a sua realidade. As marcas, como propulsoras das principais pautas presentes na sociedade, devem se adaptar a essa característica e não usar as redes sociais apenas como vitrines de seus produtos e soluções, mas estarem a serviço de algo bem maior”, conta Machado.
- Ampliação da creator economy
Para garantir a influência, nada melhor do que apostar no engajamento de pessoas que já estão, de certa forma, consolidadas entre o público potencial que as empresas desejam atingir. “Mais de 80% das pessoas já comprou algo indicado por influenciadores e 63% confiam muito mais quando essas personalidades dizem algo sobre uma marca. As empresas já não podem mais ignorar o poder da economia dos criadores de conteúdo e devem adotar estratégias, de acordo com os objetivos de negócio, que atendam a ações nesse sentido”, complementa o executivo.
- Plataformas assumindo papel de buscadores
Caio explica que essa tendência tem relação direta com a expansão da creator economy e que, cada vez mais, as pessoas vão recorrer às redes sociais para buscar por produtos, reviews e dicas. “87% dos consumidores já fazem compras online e outros 75% usam as plataformas para buscar produtos. O papel que antes era assumido pelas próprias ferramentas de busca, hoje é incorporado pelas mídias. Isso se reflete, inclusive, na mudança das interfaces das plataformas e surgimento de termos e políticas para empresas que realizam vendas diretamente por esses meios”, finaliza.