ESG já virou essencial para as empresas e, para além de uma abordagem ambiental, pode melhorar até o desempenho financeiro e competitividade
A integração dos princípios ESG – Ambiental, Social e Governança – tornou-se uma necessidade premente dentro das companhias. Não podemos mais falar em negócios sem a adoção dessa abordagem.
Até 2026, o investimento das empresas em ESG deve crescer 12,9% ao ano, somando US$ 33,9 trilhões em todo o mundo, segundo pesquisa da PwC.
Esse movimento de valorização das práticas sustentáveis nas organizações também é percebido no Brasil, onde 86% das 100 empresas com maiores receitas estão apostando em ESG.
Afinal, essa não é apenas uma métrica para empresas avaliarem seu desempenho ambiental, social e de governança, mas também uma abordagem abrangente para orientar ações e investimentos em direção a um futuro mais sustentável.
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) revelou os cinco principais motivos pelos quais as empresas estão integrando o ESG às operações. Entre eles, estão: fortalecimento do relacionamento com stakeholders (44%), uso sustentável de recursos naturais (39%), melhoria na gestão de riscos corporativos (36%), aumento de competitividade (33%) e atendimento à legislação (28%).
A interseção entre ESG e tecnologia
Primeiramente, a tecnologia desempenha um papel importante na coleta e análise de dados ambientais, permitindo que as empresas monitorem e melhorem seu desempenho ambiental. Sistemas de IoT (Internet das Coisas) e análise de big data capacitam empresas a otimizarem o consumo de recursos, reduzirem resíduos e mitigarem impactos ambientais negativos.
Além disso, a tecnologia tem sido uma ferramenta poderosa para impulsionar a inclusão social e a diversidade. Plataformas online têm proporcionado oportunidades de emprego para grupos marginalizados, enquanto redes sociais têm sido usadas para amplificar vozes anteriormente silenciadas. A tecnologia pode ser uma força democrática, desde que seja desenvolvida e implementada de maneira ética e inclusiva.
No âmbito da governança, a tecnologia pode melhorar a transparência e a responsabilidade corporativa. Blockchain, por exemplo, oferece um registro imutável de transações, aumentando a confiança e reduzindo o risco de corrupção. Além disso, a inteligência artificial pode ser usada para automatizar processos de conformidade e detectar fraudes, garantindo que as empresas adiram a padrões éticos e legais elevados.
Apesar de parecer fácil, a implementação eficaz de princípios ESG requer uma abordagem que incorpore tanto a tecnologia, quanto mudanças culturais e políticas. As empresas devem priorizar a colaboração e a transparência, envolvendo todas as partes interessadas na definição de metas e estratégias ESG.
Estamos diante de uma oportunidade sem precedentes para impulsionar a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa.
Ao integrar princípios ESG em todas as facetas de suas operações e investimentos em tecnologia, as empresas têm a capacidade de mitigar riscos e melhorar seu desempenho financeiro, ao mesmo tempo em que contribuem para um futuro mais justo, inclusivo e sustentável para todos.
Fonte: Olhar Digital