sexta-feira,22 novembro, 2024

A importância da LGPD para o setor varejista

A frase “dados são o novo petróleo”, do matemático londrino especializado em dados, Clive Humby, não poderia ser mais verdadeira. Desde o vazamento de informações pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook, no caso Cambridge Analytica em 2018, o universo midiático e digital tornou-se outro, mais focado em prover segurança e menos suscetível a crimes cibernéticos.

Na esteira do escândalo de cinco anos atrás, foram instituídas a GDPR, na Europa, e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, onde entrou em vigor em setembro de 2020. Este ano, portanto, ela completará três anos de existência, sem ainda ter sido compreendida na prática por boa parte das empresas varejistas do país. Em 2022, o grupo de consultoria Daryus apontou que 80% das companhias que atuam no Brasil seguem sem a implementação correta da LGPD, revelando um cenário de total descaso com a lei.

Quando varejo e LGPD estão na mesma frase, pode parecer que a esfera de atuação reside apenas no e-commerce, o que não é verdade. As normas são válidas tanto para ambientes online como físicos, portanto a precaução com a segurança e privacidade de dados também abarca a infraestrutura e a preparação dos colaboradores de um supermercado de rua, por exemplo. Mas qual deve ser o caminho que as redes varejistas precisam tomar rumo ao cumprimento pleno da legislação?

O primeiro passo é entender a essência da sentença de abertura deste artigo. Ataques hackers movimentam cifras milionárias e acontecem o tempo todo. Indo mais além na questão: em 2022, o nosso país só ficou atrás dos Estados Unidos em número de ciberataques, de acordo com levantamento feito pela empresa Check Point. Guardadas as devidas proporções, a detenção dos dados realmente exercem uma dimensão de poder parecida com a do combustível fóssil mais utilizado no mundo.

Depois, vem a capacitação de funcionários somada ao alto investimento no setor de TI. Treinar os profissionais para que compreendam a importância do que está em jogo. O vazamento de dados pessoais, como RG e CPF, e de dados pessoais sensíveis — informações relacionadas à saúde, religião e orientação sexual, entre outras —, como tipifica a LGPD, podem gerar multas pesadas às empresas, que em casos extremos chegam a R$ 50 milhões.

O Varejo representa cerca de 30% do PIB brasileiro. A aplicação da LGPD no setor significa não apenas mais segurança e privacidade dos nossos dados, mas também a saúde de um dos segmentos mais importantes do país.

Fonte: Meio e Mensagem

Redação
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