Em um mundo cada vez mais digital, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenha um papel crucial na regulação de como as informações pessoais são coletadas, usadas e compartilhadas, especialmente nas fintechs, empresas de tecnologia voltadas para a inovação no setor financeiro.
As fintechs, graças ao seu modelo de negócios disruptivo, têm desafiado o paradigma tradicional de como lidamos com o dinheiro, fornecendo soluções mais eficientes, acessíveis e centradas no cliente. No entanto, para ser capaz de oferecer produtos financeiros customizados para cada cliente, é necessária uma quantidade massiva de dados pessoais. Aqui reside o desafio: garantir que esses dados sejam manuseados de maneira responsável e segura.
A LGPD, oferece uma estrutura sólida para o tratamento de dados pessoais, estabelecendo direitos e obrigações claras. Para as fintechs, a conformidade com a LGPD não é apenas uma questão de cumprimento legal, mas também uma oportunidade para construir confiança com os usuários.
Na era digital, a confiança é uma moeda valiosa. As fintechs que demonstram respeito pelos dados dos clientes e aderem estritamente à LGPD têm a chance de ganhar essa confiança. A conformidade não é apenas evitar multas, mas uma maneira de mostrar aos clientes que eles são valorizados e suas informações, protegidas.
Além disso, uma abordagem proativa à LGPD pode resultar em melhores práticas de governança de dados. A transparência exigida pela lei pode levar a fintechs a fazer uma auditoria completa de como coletam, armazenam e usam dados, levando a uma operação mais eficiente.
Por fim, ao cumprir a LGPD, as fintechs se alinham às tendências globais de proteção de dados, como o GDPR na Europa. Isso pode facilitar a entrada em mercados internacionais, abrindo novas oportunidades de negócios.
Em resumo, a LGPD não é apenas um obstáculo regulatório para as fintechs superarem, mas um catalisador para práticas de negócios mais éticas, transparentes e centradas no cliente. Na era da economia digital, a proteção de dados se torna não só uma necessidade, mas um diferencial competitivo.
Texto: Nayara Sales, assessora jurídica do Mêntore Bank.