sexta-feira,22 novembro, 2024

A energia no centro de um mundo mais sustentável

As empresas têm um papel protagonista no combate às mudanças climáticas, o que passa diretamente pelo uso responsável e eficiente dos recursos energéticos também. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que a indústria brasileira responde por mais de 30% do consumo final de energia no país. Não à toa, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a data de 29 de maio como o Dia Mundial da Energia há 42 anos, promovendo a conscientização sobre o consumo de energia e o desenvolvimento sustentável.

Ainda que, há anos, muito tenha se falado sobre o assunto, segundo um estudo da Schneider Electric, em parceria com a Forrester Consulting, divulgado em abril, 73% das empresas de colocation, responsáveis pela infraestrutura de data centers, declararam a sustentabilidade como uma prioridade empresarial para a sua organização, sendo a sua prioridade número 2 em geral, mas apenas 33% dizem que as suas organizações criaram um plano estratégico de sustentabilidade.

Ainda que as empresas estejam se adaptando de forma mais lenta, o mercado tem exigido cada vez mais compromissos e metas ambientais claras. A razão dessa pressão cada vez maior é um consumidor mais consciente do que está comprando e, além disso, o avanço da digitalização, que trouxe agilidade e eficiência para alguns segmentos. Para a indústria, a necessidade de fortalecer a sustentabilidade é ainda mais evidente. De acordo com a International Energy Agency (IEA), as emissões industriais — considerando os processos ininterruptos, como óleo e gás e produtos químicos — diretas de CO2 são responsáveis por 26% do total de emissões globais.

Assim, não somente neste Dia Mundial da Energia, mas em todos os outros, é preciso incentivar a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis, como a energia solar, eólica, hidrelétrica, biomassa e, agora, a mais recente, hidrogênio verde, sempre visando à maior redução da emissão de gases de efeito estufa.

O Schneider Electric Sustainability Research Institute aponta que, se tiver políticas ambientalmente amigáveis adotadas por governos e empresas, a eletricidade vai representar entre 40% e 60% do consumo final de energia até 2050. Isso fica entre duas e três vezes o que representa hoje, o que indica que, à medida que a economia se moderniza, a tendência é ela se descarbonizar.

Além da eficiência energética, inovações ecologicamente corretas podem facilitar o caminho para que seja possível para as companhias atingirem o nível net-zero até 2050, ao mesmo tempo que entregam benefícios adicionais para o consumidor, como redução de custos, mais resiliência e melhorias nos níveis de conforto.

Acredito que o primeiro passo nessa jornada de economia de energia seja o conhecimento — tanto dos próprios negócios, da relação com o fornecedor, quanto das preferências do consumidor. Saber quais são os pontos fortes e quais são as vulnerabilidades na questão de energia ou de sustentabilidade é fundamental para colher os resultados.

Em seguida, é essencial traçar estratégias possíveis de serem realizadas, seja na questão de custos ou de capacidade. Isso leva à criação de metas que podem ser alcançadas e, como consequência, sejam valorizadas pelo mercado. Ao acertar no investimento, pequenos passos, como a adoção de um software que unifica sistemas, garantem economia de energia e redução de custos significativos.

Outro passo fundamental nesse processo é monitorar o que está sendo desenvolvido em relação à sustentabilidade. É esse acompanhamento que diz se o caminho escolhido foi correto e permite realizar ajustes ao longo do percurso sem que haja “surpresas desagradáveis” no futuro, como um projeto impossível de ser custeado.

Portanto, acredito que as companhias precisam tornar a sustentabilidade parte dos negócios e integrar o core business da empresa. Como consequência, sendo algo essencial nesse processo, o uso da energia tem sua importância fortalecida, tornando-se uma peça-chave em qualquer transformação digital e projeto sustentável. Ao lembrar da importância de economizarmos esse recurso, as chances de obter um futuro melhor e com maior responsabilidade social aumentam.

Fonte: Exame

Redação
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