Pesquisa cria filme tecnológico de conservação para alimento

Estudo avança para fase de testes

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Foto: UFMT

Por meio de pesquisas desenvolvidas pela Faculdade de Engenharia Florestal (FENF), da Universidade Federal De Mato (UFMT), filmes nanoestruturados poderão ser utilizados como embalagens de alimentos. A inovação vem sendo investigada com o apoio da  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e busca o uso de aditivos naturais com propriedades antifúngicas e antimicrobianas para diminuir a troca de gases e de umidade dos alimentos revestidos pela tecnologia biodegradável .

A docente coordenadora da pesquisa, professora Elaine Cristina Lengowsk, explica que ao ingressar na UFMT  foi demandada para algumas palestras sobre nanocelulose e amido como matéria prima para filmes. E assim, percebeu que muitos alunos têm interesse em pesquisas envolvendo o tema. “Fato que me levou a cadastrar um projeto na Pró-reitoria de Pesquisa (Propeq), investigando filmes nanoestruturados para aplicações em embalagens”, explicou.

Para produzir uma película com características físico-mecânicas interessantes para embalagens utilizando como matéria-prima fontes biodegradáveis foi preciso utilizar a nanotecnologia. “Método que é definido como a área da ciência e tecnologia que visa à aplicação de materiais nanométricos em novos processos e produtos. Os materiais nanométricos (ou nanoestruturados) possuem potencial de aplicação em diferentes áreas, não só por sua dimensão de tamanho, mas especialmente por apresentarem propriedades físicas e químicas distintas daquelas características dos mesmos materiais em escala macro e microscópicas”, como explica Elaine Cristina Lengowsk.

“De forma que o produto desenvolvido possui um nanomaterial na composição, contendo elevada transparência, alta impermeabilidade ao ar e boas propriedades mecânicas. Para as propriedades de repelência a água foram utilizados aditivos químicos, já que os materiais utilizados são hidrofílicos”, continua.

Com o intuito de diminuir o desperdício de alimentos e usar embalagens biodegradáveis, as próximas etapas da pesquisa envolvem aprimoramento das propriedades de barreira e funcionais com uso de aditivos, além da aplicação direta em películas que envolvem alimentos. “A ideia é aumentar o tempo de prateleira de alimentos, assim como preservar as características nutricionais”, ressalta a coordenadora da pesquisa.

“O uso de compostos naturais para desenvolver novos produtos e produtos ecologicamente menos agressivos ao meio ambiente vem apresentando destaque na comunidade mundial abrangendo o conceito de biorrefinarias para as indústrias. As florestas e a agricultura são fontes renováveis de matérias-primas para esta indústria. O projeto aprovado pela Fapemat nesta linha de pesquisa será o start para reativação do laboratório de celulose e papel e biorrefinarias da Faculdade de Engenharia Florestal da UFMT”, completou a docente.

São integrantes do projeto de pesquisa os professores da UFMT: Leonardo Gomes De Vasconcelos, Ailton José Terezo, Adriano Buzutti De Siqueira, Evandro Luiz Dall Oglio, Paulo Teixeira De Sousa Junior. Como também as bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica: Ana Claudia Da Silva Olimpio e Vitoria Maria Costa Izidio. Além dos membros externos, o professor Eraldo Antonio Bonfatti Júnior, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e o professor Alexandre Santos Pimenta, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Fonte: UFMT

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