PESCUMA DE MORAIS – MESTRE DA CULTURA

Diretor do documentário – Carlitto Saltore

Autor do livro – João Carlos Ferreira

Em 9 de dezembro ocorre lançamento de livro e documentário que retrata a vida artística de Pescuma de Morais. O evento será na Sala Anderson Flores, no Cine Teatro Cuiabá, na capital mato-grossense, a partir das 19h.

O jornalista, músico e apresentador de televisão, Pescuma de Morais recebeu o prêmio de Mestre da Cultura, instituído pela Lei Aldir Blanc, em Mato Grosso, sob aprovação do Conselho Estadual e Secretaria de Estado de Cultura, em 2020.

O projeto cultural que indicou Pescuma de Morais ao recebimento desse prêmio foi apresentado pelo escritor João Carlos Vicente Ferreira, do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Mato-Grossense de Letras, que viu na incrível trajetória do artista Pescuma o motivo para esse propósito.

Pescuma nasceu em São Luiz do Paraitinga SP, criado em Taubaté, mas é mato-grossense de alma e coração. Pescuma desde criança já demostrava seu dom artístico, seja escrevendo, tocando ou cantando. Incentivado pela sua família o apresentador sempre levou a poesia e a música como parte de si. Em 1984, Pescuma formou-se em jornalismo pela Universidade de Taubaté e, não encontrado o espaço adequado para expor seu potencial artístico, ganhou o mundo: fez temporadas na França, tocando Música Popular Brasileira e ao retornar, já situado em Mato Grosso, começou um trabalho de divulgação da cultura regional com o ritmo tradicional em Mato Grosso, o rasqueado cuiabano.

No começo era o samba

Foi paixão a primeira vista, assim define seu amor à Cuiabá. Já em 1984 conheceu a galera do samba cuiabano, nesse mesmo ano compôs dois sambas enredos, um para o bloco carnavalesco Beleza Pura e outro para o GRES Unidos do Coxipó. No beleza pura ao lado do grande amigo Marcelo do Beleza, compôs 16 sambas de enredo, que entraram para a história do samba cuiabano.

De lá para cá são mais de 30 sambas para blocos e escolas de samba de Cuiabá e região.

O rasqueado entrou na vida de Pescuma quando ele conheceu o São Gonçalo da beira rio, berço da cultura cuiabana conheceu mestre Domingas, Cho Ivo, Dalvete e outros ícones da nossa cultura.

Vieram os dois primeiros sucessos, Cabeça de Boi em parceria com mestre Bolinha e Mário Franca e o Sol tá Quente Pra Danar, com Moises Martins.

Por cinco anos ao lado do mestre Bolinha, tocou o grupo musical Ventrecha de Pacu, com um repertorio voltado ao autentico rasqueado cuiabano. Ventrecha de Pacu marcou seu nome na história da música mato-grossense de raiz.

Ainda na década de noventa, Pescuma conheceu o grande literato e compositor Moises Martins de quem se tornou um grande parceiro.

Juntos criaram o projeto cultural Sentimento Cuiabano, que resultou em grandes contribuições para a nossa cultura. Foram produzidos três CDs- Sentimento Cuiabano volumes 1 e 2, três documentários pra TV- Festas de Santo em Cuiabá, Tipos Populares e Ruas de Cuiabá.

Dessa parceria nasceram grandes clássicos do rasqueado cuiabano, tais como Pixe, Tipos Populares, Festa de Santo, Furrundu, Ttchupa Tchupa, Rala e Grosa.

Mas Pescuma teve outros grandes parceiros em composições com Pineto Bonilha compôs rasqueado do pau rodado e Água Viva. Com Tony Hudson, a Brejeira Cabocla Pantaneira. Com Vera Capilé Despertar no Araguaia.

Vale destacar a composição É Bem Mato Grosso, com o parceiro Ulisses Serotini, que se transformou num hino popular de Mato Grosso e que deu origem ao programa cultural É Bem Mato Grosso, apresentado por Pescuma há uma década, nas tardes de sábado, na TV Centro América.

Pescuma também, e autor dos hinos oficias das cidades de Juara e Nova Marilândia e também assina o hino oficial do Cuiabá Esporte Clube

Também é autor, ao lado de Zezé di Camargo e Henrique da canção Tá Faltando Alguém Aqui, que faz parte da trilha sonora do filme Dois Filhos de Francisco.

Foi Zezé di Camargo quem uniu Pescuma e Henrique e Claudinho, formando o famoso trio musical. Juntos há 25 anos, produziram 20 CDs e dois DVDs e são considerados os embaixadores da cultura mato-grossense, título dado pela madrinha musical do trio, a inesquecível Inezita Barroso.

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