Queda nas emissões foi causada pela substituição de energia a carvão por fontes verdes em meio a aumento da demanda energética

Uma análise recente das emissões anuais de dióxido de carbono (CO2) da China revelou uma queda de 1,6% no país em comparação com o mesmo trimestre em 2024. A Carbon Brief, publicação climática do Reino Unido, atribuiu pela primeira vez o declínio à substituição de energia a carvão por fontes de energia verde. Entre elas, eólica, solar e infraestrutura nuclear, por exemplo.

Anteriormente, as quedas nos gases de escape nocivos no país estavam relacionadas a um menor consumo geral de energia. Desta vez, a queda ocorreu apesar do aumento da demanda energética em todo a China. Isso enquanto outros países, como os Estados Unidos e a Austrália, recuaram em seus compromissos com o clima.

De acordo com o relatório, a geração de energia limpa na China cresceu mais rápido do que o crescimento atual e de longo prazo da demanda por eletricidade. Isso porque as emissões do setor energético caíram 2% de março de 2024 a 2025.

Maior uso de energia pode afetar emissões, mas energia verde compensa na China

Por outro lado, a publicação observou que as emissões atuais de CO2 foram apenas 1% menores do que o pico mais recente da China. Ou seja, um aumento de curto prazo no uso de energia poderia reverter o declínio.

De qualquer forma, o alto investimento da China em energia verde, parte de seu 14º plano nacional quinquenal, de 2021, está começando a gerar impacto positivo. Embora haja um longo caminho para acabar com a dependência chinesa do carvão, as previsões atuais são de que o país poderá comandar mais da metade da energia renovável do mundo até 2030. Vale destacar que, hoje, a nação já é pioneira na produção de carros elétricos, bem como  infraestrutura solar e robótica.

Por: Isabela Oliveira