A proposta é oferecer a empresas, clientes e parceiros experiências imersivas ligadas aos principais desafios dos seus negócios

A IBM anunciou hoje o lançamento de seu novo Espaço de Inovação em IA, dentro do IBM Innovation Studio, localizado em sua filial em São Paulo. A proposta é oferecer a empresas, clientes e parceiros experiências imersivas ligadas aos principais desafios dos seus negócios.

“Vemos hoje que as empresas ainda têm dificuldades na adoção da IA”, diz Thiago Viola, diretor de Inteligência Artificial, Dados e Automação na IBM Brasil. “Depois de muitas conversas com líderes, chegamos à conclusão de que era preciso ajudá-los a fazer essa jornada de forma mais prática, criando um contexto da realidade do negócio.”

Thiago Viola, diretor de Inteligência Artificial, Dados e Automação na IBM Brasil  — Foto: Divulgação
Thiago Viola, diretor de Inteligência Artificial, Dados e Automação na IBM Brasil — Foto: Divulgação

A partir de um estudo do cliente e do setor em que atua, a IBM cria uma experiência imersiva com executivos, orientando sobre casos de uso, preparação de dados, monitoramento da atividade da IA, governança e transparência. Por trás da experiência está o Watsonx, tecnologia IBM que permite trabalhar com a IA nas vertentes de dados, inteligência e governança.

“Como os participantes também trazem seus imputs, podemos criar estratégias para o negócio em um processo de cocriação”, diz Viola. “No final, o que estamos fazendo é criar um ambiente de inovação para as empresas.” Situações de crise são introduzidas propositalmente na conversa, para ensinar os líderes a lidar com questões como governança, explicabilidade, regulação e ética.

“Uma das preocupações é mostrar como acontecem os desvios na precisão dos modelos de IA e na consistência dos dados de forma objetiva, algo que ainda é pouco explorado no mercado”, diz o executivo. Com esse objetivo, a empresa criou um algoritmo interno chamado “Perturbação do Modelo”, que avalia cada parâmetro usado para detectar possíveis erros e vieses.

Em um segundo momento, a conversa passa para os agentes de IA, com o uso das ferramentas Watsonx e Watson Orchestrate. “Mostramos a evolução dos recursos de IA, dos grandes modelos de linguagem para os sistemas menores, dos assistentes de IA para os agentes, explicando as diferentes aplicações”, disse o executivo.

Segundo Viola, o que coloca os agentes de IA em outro patamar é a possibilidade de escala: em vez de usar alguns poucos assistentes sem capacidade de execução, a empresa passa a contar com milhares de agentes, capazes de resolver questões específicas e conversar entre si para acelerar processos.

A empresa acredita que a maior demanda pelo novo espaço virá das empresas financeiras, de varejo e manufatura. “Dentro desses setores, vamos ajudar de duas formas: ajudando a implementar a IA nos serviços oferecidos aos clientes, e orientando o uso da tecnologia no back office da própria empresa”, diz Viola. “Dentro e fora de casa.”