Espécie de 450 milhões de anos é preservada pelo Centro Espacial da NASA
Conhecidos como fósseis vivos, os caranguejos-ferradura (Limulus polyphemus) são uma espécie ainda mais antiga que os dinossauros, sobrevivendo há 450 milhões de anos na Terra.

Em homenagem ao Dia da Terra, na última terça-feira (22), a organização aproveitou para conscientizar sobre a importância desses caranguejos para o planeta. Espécies-chave em sistemas costeiros e estuarinos — como aqueles ao redor do porto espacial –, esses artrópodes são um forte indicador da capacidade de um ecossistema de sustentar aves migratórias, tartarugas marinhas, jacarés e outros animais selvagens que dependem deles.
“Seus ovos fornecem uma fonte vital de alimento para muitas aves limícolas em habitats costeiros, e suas atividades alimentares ajudam a moldar a composição de plantas e animais que vivem no fundo do oceano ou em rios e lagos”, explica James T. Brooks, especialista em proteção ambiental da NASA. “Mudanças nas populações de caranguejos-ferradura podem sinalizar problemas ecológicos mais amplos, como poluição ou perda de habitat.”
NASA+
A programação do streaming gratuito NASA+ mostra como biólogos buscam por esses animais nas praias da região. Eles contam os avistamentos e os marcam com dispositivos para estudar seus padrões de migração e taxas de sobrevivência. Veja no vídeo:
Além disso, os aparelhos monitoram a atividade de desova dos caranguejos, a saúde do habitat e as tendências populacionais. Isso principalmente durante os picos de reprodução na primavera e no verão. Os dados ajudam a avaliar a saúde geral do ecossistema local.
Os caranguejos-ferradura também possuem um papel vital na saúde da humanidade. Isso porque seu sangue azul, à base de cobre, contém Lisado de Amebócitos de Limulus. A substância é capaz de detectar contaminações de bactérias em equipamentos médicos, produtos farmacêuticos e vacinas.
Devido à importância da espécie, ela é monitorada por projetos de restauração de habitat, como a reconstrução de margens erodidas por tempestades e a minimização do impacto humano nos locais de nidificação.
Por: Isabela Oliveira