A China acusa a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) de ter realizado um ataque cibernético avançado ao país durante os Jogos Asiáticos de Inverno, em fevereiro deste ano. Segundo informações da agência de notícias Xinhua, o ataque foi direcionado para múltiplas empresas e teria afetado até mesmo a Huawei.

Autoridades da cidade de Harbin, local que recebeu os Jogos Asiáticos, identificaram pelo menos três agentes da NSA responsáveis pelos ataques, com os nomes de Katheryn A. Wilson, Robert J. Snelling e Stephen W. Johnson. Os três teriam participado de ataques cibernéticos contra a infraestrutura chinesa e participaram de atos contra a Huawei e outras companhias.

Fora os agentes do órgão estadunidense, a inteligência chinesa também aponta que a Universidade da Califórnia e a Virginia Tech, localizada em Blacksburg, também estavam envolvidas. Contudo, os veículos internacionais não apontam o grau de envolvimento dessas instituições de ensino e como elas agiram.

China confirma os ataques

O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, teria confirmado os ataques e a autoria dos Estados Unidos. “Demandamos que os EUA adotem uma atitude responsável em relação à questão da segurança cibernética e… a pôr fim às difamações e ataques não provocados à China”, explicou um porta-voz do ministério durante uma coletiva de imprensa.

Ainda conforme a agência Xingua, a NSA teria realizado ataques importantes contra setores de energia, transportes, águas, comunicações e instituições de pesquisa para defesa na província de Heilongjiang. O objetivo da ofensiva norte-americana teria sido para desestabilizar “a infraestrutura chinesa, causar desordem social, e roubar dados confidenciais”.

Em meio as notícias do ataque cibernético contra o país asiático, Estados Unidos e China travam uma batalha mundial no ramo econômico. Após os Estados Unidos anunciarem tarifas recíprocas de importação de 34% para a China em 02 de abril, os chineses anunciaram uma taxa de mesmo valor sobre produtos norte-americanos.

Na semana seguinte, em retaliação, o presidente Donald Trump anunciou um super aumento de 145% em tarifas para todas as importações chinesas. No mesmo dia, o mandatário decretou uma pausa de 90 dias sobre as tarifas, com exceção da China, que deveria continuar pagando o alto valor.

Mais recentemente, em 11 de abril, o presidente chinês, Xi Jinping, aumentou as tarifas de retaliação sobre importações dos EUA para 125%, dando continuidade ao cabo de força econômico. Para aliviar o cenário, Trump isentou as tarifas sobre smartphones e computadores.

Para mais informações sobre o ataque cibernético na China, basta ficar ligado no site do TecMundo. Aliás, em meio à guerra econômica, Trump quer que os iPhone sejam produzidos nos Estados Unidos.

Por: Felipe Vidal