Durante o Microsoft Ignite realizado na última terça-feira (19), a Microsoft e a Atom Computing anunciaram novidades para o campo da computação quântica. Em conjunto, as equipes conseguiram criar mais de 20 qubits lógicos por meio de átomos neutros para processar e armazenar informações quânticas.
Assunto complexo e fora da realidade de muitas pessoas, a computação quântica é um campo que ainda engatinha. Contudo, a parceria entre as empresas foi capaz de dar um novo passo para essa tecnologia ao criar 24 qubits lógicos emaranhados por meio de 80 qubits físicos. Na computação quântica, os qubits equivalem aos bits clássicos dos computadores convencionais.
Esse processo também foi responsável por criar qubits de átomos neutros, ou seja, diferentes dos tradicionais. Segundo o time de desenvolvimento, essas unidades são menos suscetíveis a ruídos e entregam mais desempenho, uma vez que não possuem carga e tem alta escalabilidade, já que podem ser armazenados em matrizes atômicas.
PC quântico chega em 2025
Para garantir a estabilidade desses elementos, os bits quânticos foram inseridos em um conjunto chamado Greenberg-Horner-Zeillinger. Esse emaranhado serve como um repositório para fazer com que todos os qubits mantenham seu comportamento e fiquem profundamente interconectados.
Para testar a tecnologia, os pesquisadores rodaram os qubits no algoritmo de Bernstein-Vazirani, responsável por fazer com que essas unidades sejam os números 0 e 1 simultaneamente. Enquanto os bits clássicos só podem representar dados em 0 e 1 separadamente, os bits quânticos conseguem realizar isso ao mesmo tempo, uma vez que testam todas as combinações de uma só vez.
Para o futuro, a Microsoft e a Atom Computing trabalham em uma máquina com cerca de 1.000 qubits físicos. A ideia é que esse computador quântico seja comercializado em 2025.
“Ao unificar nossos qubits de átomo neutro de última geração com o sistema de virtualização de qubits da Microsoft, agora podemos qubits lógicos confiáveis em uma máquina quântica comercial. Esse sistema habilitará o desenvolvimento acelerado em múltiplos campos, como a química e ciências”, conta o CEO da Atom Computing, Ben Bloom.
Por Felipe Vitor Vidal Neri, via nexperts