O mercado de e-sports, antes visto como entretenimento alternativo, consolidou-se como uma força econômica global. Recentemente, a final do Campeonato Mundial em Londres atraiu mais de 100 milhões de espectadores ao longo do campeonato, com uma arena lotada de 20 mil fãs. “Esse público é o público que já compra hoje”, destaca Jonathas Freitas, investidor de tecnologia e especialista destaque com um dos 30 Brasileiros mais influentes no ramo da tecnologia. Jonathas Freitas, que tem atuação destacada no mercado de inovação, apoia startups emergentes e conta com um portfólio diversificado. Sua visão de investimento tem sido fundamental para ajudar empresas em estágio inicial a se consolidarem no competitivo mercado de tecnologia.
No setor de e-sports, Freitas observa que o mercado projeta um crescimento exponencial, com a receita global estimada em 2,11 bilhões de dólares neste ano e uma expectativa de chegar a 5,5 bilhões até 2029. Freitas também relembra uma antiga previsão de Bill Gates, que dizia que os jovens daquela época se tornariam consumidores com grande poder de compra. Segundo ele, essa visão já se reflete no universo dos games, cuja economia é três a quatro vezes maior do que a das indústrias de filmes e música.
Empresas renomadas, como Louis Vuitton, Mercedes e Gucci, já apostam em colaborações com o setor, aproveitando a oportunidade de fidelizar Millennials e a Geração Z — audiências que buscam autenticidade e experiências culturais relevantes.
Para empresas interessadas em ingressar nesse universo, Jonathas Freitas sugere alguns passos estratégicos. O primeiro é conhecer o público-alvo, que é majoritariamente composto por Millennials e Gen Z, que possuem um estilo de consumo diferenciado e valorizam campanhas autênticas. “Empresas podem entrar no e-sports com objetivos variados, desde aumento de notoriedade até vendas diretas”, afirma Freitas. Patrocínios de equipes e eventos internacionais podem fortalecer a marca, enquanto colaborações exclusivas, como skins de jogos, geram engajamento direto com os fãs.
Outro ponto essencial é definir a plataforma e o jogo correto. Jogos como League of Legends, Fortnite e Counter-Strike possuem comunidades próprias e características que impactam diretamente o perfil das campanhas. Freitas ressalta que “entender essas comunidades é essencial para que a marca seja bem recebida”.
Além disso, parcerias com influenciadores e streamers de e-sports são eficazes para alcançar essa audiência. “Os streamers têm audiências muito engajadas e podem promover produtos de maneira natural e integrada ao estilo de vida dos jogadores”, explica Jonathas Freitas.
Para assegurar o retorno do investimento, Freitas recomenda que as empresas dediquem de 5% a 15% do orçamento de marketing ao e-sports, começando com uma alocação mais modesta e ampliando de acordo com os resultados. “As empresas que ainda não estão atentas a esse mercado precisam agir rápido. O público de e-sports não só já compra, mas também influencia o consumo de novas gerações”, conclui Freitas.