Até 2026, 75% das empresas de varejo utilizarão soluções de Inteligência Artificial (IA) para criar dados sintéticos de clientes, que imitam dados reais, segundo o relatório Perspectivas da Agenda CIO para a Indústria e o Varejo, da Gartner. No entanto, o estudo aponta que, atualmente, menos de 5% fazem isso. Em outras palavras, se hoje apenas um a cada 20 concorrentes está tecnologicamente à frente, dentro de um ano e meio, três a cada quatro estarão nessa posição.
De acordo com o levantamento da Gartner, nove em cada dez varejistas planejam implementar IA até 2025 para tornar as experiências dos clientes mais personalizadas e eficientes. Isso tem levado o setor a adotar tecnologias de IA para otimizar operações, melhorar o atendimento e aumentar a competitividade. Estimativas da plataforma alemã Statista apontam que o mercado global de soluções de IA no varejo deve alcançar US$ 31 bilhões até 2028, um crescimento de 190% em relação aos atuais US$ 10,7 bilhões.
“Será preciso capacitar um profissional responsável, por exemplo, o diretor de segurança da informação, para lidar com o desafio da informação precária na organização”, afirma a Gartner.
No caso do relatório da Gartner, cerca de 40% dos entrevistados disseram que suas organizações implantaram IA generativa em mais de três setores de negócios entre setembro de 2023 e setembro de 2024. As principais áreas que já adotaram ou pretendem investir em IA incluem:
- atendimento ao cliente
- marketing
- vendas
Os principais impulsionadores dessa revolução no uso de IA nos negócios são os chamados modelos de base, que utilizam grandes volumes de dados ajustados para realizar tarefas específicas. Sai de cena a IA de prateleira e entra o *tailor-made*: até 2027, mais de 50% dos modelos usados pelas empresas serão específicos para elas e para funções comerciais, em comparação a aproximadamente 1% em 2023.
No entanto, a Gartner afirma que os varejistas precisam implementar IA de forma consciente, equilibrando o uso dessas tecnologias com governança adequada e uma visão de longo prazo para garantir que os benefícios sejam alcançados sem comprometer a integridade do negócio ou a experiência do cliente. Ainda que a IA generativa traga muitas oportunidades, a informação precária se torna um novo vetor de ameaça, segundo a consultoria.
Até 2028, os gastos empresariais dedicados a combatê-la vão superar US$ 30 bilhões, retirando 10% dos orçamentos de marketing e redirecionando-os para segurança cibernética.
Com informações de DC News.