No segundo texto da série sobre as principais entregas do Grupo de Pesquisa e Inovação do G20, o MCTI aborda as iniciativas voltadas à biodiversidade

Durante a reunião ministerial do Grupo de Pesquisa e Inovação do G20, foi aprovada, por consenso, a Declaração de Manaus. Compondo o denominado Pacote Manaus, nove entregas integram o documento. No segundo texto da série sobre as principais iniciativas aprovadas, o MCTI aborda as iniciativas voltadas à biodiversidade.

Por meio da Declaração de Manaus, o G20 e o Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade (GBIF) estabeleceram um processo para facilitar a catalogação de espécies e expansão de bases de dados abertas de biodiversidade. “Tivemos um grande debate sobre como a gente consegue ligar a inovação à ciência aberta, sendo nesta última, como aumentar a quantidade de dados científicos disponíveis”, comentou o chefe da assessoria internacional do MCTI, Carlos Matsumoto.

De acordo com o diretor do GBIF, Joe Miller, a organização intergovernamental trabalha com governos nacionais para construir infraestruturas e capacidades para que os países possam mobilizar dados e instituições, governamentais, acadêmicas ou da sociedade civil. “Nós coordenamos as melhores práticas em infraestrutura livre e também para engajar comunidades. Ao fazer esse processo, o país pode mobilizar dados e apoiar a infraestrutura global, que é utilizada todos os dias ao redor do mundo”, explicou Miller. Segundo ele, todos os dias cinco publicações científicas revisadas por pares usam dados disponíveis no sistema.

Fotos: Diego Galba/ Ascom MCTI

O conhecimento acessível permite que seja utilizado na formulação de políticas, especialmente considerando a proteção da biodiversidade biológica. Uma das entregas é um programa de Informação sobre Biodiversidade para o Desenvolvimento, financiado pela União Europeia, que oferece bolsas para instituições como pequenos museus ou organizações da sociedade civil, para que organizem os dados disponíveis e os disponibilizem na plataforma aberta GBIF.

Outro programa é o mapeamento de museus. Estima-se que haja ao menos dez mil museus de história natural no mundo. “Os acervos que estão em museus sobre biodiversidade são valiosíssimos, então trazer essas ações ao centro dos trabalhos do G20 fortalecerá muito a catalogação e disponibilização ampla desses dados aos pesquisadores e outros usuários finais”, enfatizou Carlos Matsumoto.

Confira no link a primeira matéria da série, que traz as entregas voltadas a energia limpa.

G20 Brasil

A presidência brasileira do G20 encerra em novembro após com a Cúpula de chefes de Estado e de Governo do grupo, no Rio de Janeiro. O lema do mandato brasileiro é “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, que reforça os compromissos com a redução da fome, da pobreza e da desigualdade a nível mundial, bem como o desenvolvimento socioambiental com uma transição ecológica justa e inclusiva.

Saiba mais sobre as ações do país no G20 no site https://www.g20.org