O Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação do G20 vai se concentrar na construção de uma estratégia de cooperação e inovação aberta. O evento, conduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), teve início nesta segunda-feira (16), em Manaus (AM), e termina na quinta-feira (19) com a reunião ministerial com a presença dos ministros de ciência e tecnologia do grupo das 20 maiores economias mundiais. Participam do encontro delegações dos países que integram o G20, além de países convidados.

“Nosso objetivo é discutir inovação aberta como uma ferramenta para promover o desenvolvimento sustentável, assim como combater as assimetrias no acesso e na produção de ciência, tecnologia e inovação”, afirmou a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Andrea Latgé, que preside a reunião durante a sessão de abertura.  

A presidência do grupo de trabalho de pesquisa e inovação também indicou como tópicos prioritários das discussões a inovação aberta para atingir a neutralidade de emissões, incluindo transição energética justa e inclusiva e bioeconomia circular e sustentável, promoção da saúde global, pesquisa e inovação sustentável para Amazônia e outras florestas.

De acordo com o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MCTI, Carlos Matsumoto, ao debater a cooperação e inovação aberta, o objetivo é buscar um modelo alternativo ao business as usual para garantir que os países em desenvolvimento tenham mais condições e capacidades para acessar e produzir ciência, tecnologia e inovação. “Vamos discutir como trabalhar de forma mais fácil para ter transferência de tecnologia em várias áreas econômicas, como para a descarbonização, para a saúde”, afirmou.

Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, essa medida é muito relevante diante de um contexto em que os compromissos e as negociações internacionais estão exigindo respostas mais rápidas, como a redução de gases de efeito estufa e emergências em saúde. “Não se pode exigir que esses países atuem na velocidade necessária sem que tenham as capacidades tecnológicas para fazer. Alguns instrumentos que estamos discutindo trazem essa necessidade de ter maior compartilhamento e estratégias comuns para que os países que não tenham condição possam futuramente responder de modo mais eficaz aos desafios globais”, afirmou Matsumoto.

O grupo técnico também vai discutir a declaração política a ser realizada pelos ministros e um documento sobre diversidade, inclusão e equidade na ciência, tecnologia e inovação. 

Seminário científico

Paralelamente à reunião, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) sedia o Seminário Internacional sobre Amazônia e Florestas Tropicais. A sessão de abertura será realizada nesta terça-feira (17), às 9 horas (hora de Manaus). O primeiro painel abordará descarbonização e mudança do clima e contará com a participação de especialistas internacionais no tema. Confira a programação.

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