Executar uma estratégia focada nesse tópico requer transparência e envolvimento de todos os setores do negócio
Nos últimos cinco anos, as práticas de governança nas empresas brasileiras demonstraram uma evolução de destaque. De acordo com a pesquisa “Pratique ou Explique: Análise Quantitativa dos Informes de Governança”, conduzida pelo IBGC, EY e TozziniFreire Advogados e divulgada em outubro de 2023, a taxa média de adesão das companhias às práticas recomendadas de governança alcançou 65,3%. Esse índice representa um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior e de 14,2 pontos percentuais desde 2019, quando a série histórica foi iniciada.
De acordo com Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência, o mercado atual traz desafios complexos e uma crescente demanda por práticas sustentáveis. “É exatamente aqui que a governança corporativa surge, para assegurar a sustentabilidade ética nos negócios”, diz.
Ela explica que o conceito é um conjunto de práticas e processos que orientam a administração de uma empresa, garantindo que ela opere de maneira eficiente, ética e transparente. A adoção das práticas fortalece a confiança de investidores, colaboradores, clientes e sociedade, como também preparam as organizações para um futuro mais resiliente e sustentável.
“Essas corporações garantem sua viabilidade financeira enquanto constroem uma reputação de integridade e transparência. A liderança ética é fundamental para alinhar os interesses de todos os stakeholders e promover o crescimento”, acrescenta a especialista. A boa governança corporativa é sustentada por quatro pilares principais: transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa. A transparência é essencial para a divulgação precisa e acessível das operações e finanças da empresa, fortalecendo a confiança de todos os envolvidos. Já a prestação de contas assegura que os gestores e o conselho de administração sejam responsáveis por suas decisões, criando uma estrutura de governança clara e forte.
A equidade, por sua vez, garante que todos os stakeholders — incluindo acionistas, colaboradores, clientes e a comunidade — sejam tratados de maneira justa e igualitária. Por fim, a responsabilidade corporativa envolve o compromisso da empresa em considerar os impactos sociais e ambientais de suas atividades, adotando práticas que promovam o bem-estar social e a sustentabilidade ambiental, além de buscar resultados financeiros positivos.
“Implementar a governança corporativa requer um comprometimento contínuo com a ética e a transparência, envolvendo todos os níveis da organização. Isso inclui a criação de políticas claras, comunicação aberta e um sistema de monitoramento para garantir que os princípios se traduzam em ações práticas”, pontua Bia. Ela adiciona que, como consequência, essas empresas estarão melhor posicionadas para enfrentar crises, gerir riscos e se adaptar a mudanças regulatórias e de mercado. Além disso, constroem uma reputação estratégica, que se torna um diferencial competitivo.
Texto: Bia Nóbrega
Bia Nóbrega, com mais de 25 anos de experiência como Executiva de Gente & Cultura e reconhecida como LinkedIn Top Leadership Voice, é uma especialista dedicada ao Desenvolvimento Humano e Organizacional. Sua trajetória profissional é marcada por liderar equipes em variados setores e empresas de diferentes tamanhos, além de conduzir projetos internacionais e enfrentar desafios complexos. A partir de 2019, Bia expandiu seu campo de atuação para incluir Experiência do Cliente, Excelência e Governança, utilizando Metodologias Ágeis para promover um crescimento sustentável. Atuando também como palestrante, mentora, conselheira, embaixadora de soluções inovadoras, escritora e professora, Bia tem impactado inúmeras empresas e indivíduos, fornecendo orientações valiosas em temas como Liderança, Governança e Desenvolvimento Pessoal, sempre enfatizando o potencial ilimitado do ser humano.