O Rio de Janeiro foi palco, na manhã desta segunda-feira (9), do início da 4ª Reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia, que reúne até o dia 11 autoridades para discutir políticas públicas voltadas à economia verde e formas de facilitar o acesso a financiamentos para combater as mudanças climáticas.
Entre os participantes do encontro estavam a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago; o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg; o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello; e a secretária de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Carina Pimenta.
Durante seu discurso, a ministra Luciana Santos destacou o papel fundamental do MCTI na criação de soluções sustentáveis para a bioeconomia, enfatizando que essa área é uma ferramenta capaz de colocar o Brasil na liderança da descarbonização industrial, da transição energética e da segurança dos recursos naturais para as futuras gerações.
“Desde 2016, nosso ministério conta com uma Coordenação de Bioeconomia, que promove a integração entre Instituições de Ciência e Tecnologia, cooperativas, associações de produtores e o setor empresarial, agregando valor às cadeias produtivas da biodiversidade por meio de um processo de cocriação”, afirmou a ministra.
Entre suas iniciativas, o MCTI tem se empenhado em fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico nas cadeias produtivas da bioeconomia, com foco nas comunidades locais como atores centrais. O apoio vem por meio do codesenvolvimento de conhecimentos, tecnologias e produtos. “Estamos investindo cerca de R$ 380 milhões em projetos nos próximos anos para apoiar esse desenvolvimento”, acrescentou Luciana Santos.
Além disso, a ministra ressaltou a importância de reduzir a desigualdade tanto dentro dos países quanto entre eles, buscando garantir uma representação mais forte dos países em desenvolvimento nas decisões de instituições econômicas e financeiras globais, promovendo eficácia, credibilidade e responsabilidade.
“Em meio ao cenário atual, a paz e a justiça são pré-requisitos essenciais para que os acordos bioeconômicos possam promover políticas inclusivas e o desenvolvimento sustentável”, completou.
Tecnologia e Desenvolvimento
Luciana Santos também destacou o compromisso de tornar os conhecimentos e tecnologias da bioeconomia acessíveis a todos os países, com especial atenção aos do Sul Global. Por meio da transferência de tecnologia e do codesenvolvimento de produtos sustentáveis, o objetivo é garantir a descarbonização, enfrentar novas pandemias, viabilizar a transição energética e combater as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade e a poluição.
“Trabalhamos ao longo deste ano para colocar a bioeconomia como uma escolha central para o desenvolvimento sustentável”, finalizou a ministra.