Chatbot foi lançado em novembro de 2022 e se tornou um dos aplicativos mais populares da indústria de tecnologia

“Treinamos um modelo chamado ChatGPT que interage de forma conversacional. O formato de diálogo torna possível para o ChatGPT responder perguntas, admitir erros, desafiar premissas incorretas e rejeitar solicitações inapropriadas”. Com essa mensagem, a OpenAI apresentou ao mundo em novembro de 2022 o que se tornaria o chatbot de inteligência artificial mais popular da indústria em pouco tempo. Dois meses após o lançamento, o ChatGPT havia alcançado a marca de 100 milhões de usuários ativos.

Desde então, teve algumas atualizações — a versão mais recente, o GPT-4o, foi lançada em maio de 2024 — e passou a incluir funcionalidades como recursos de voz e um marketplace chamado Loja GPT, onde os assinantes podem acessar uma biblioteca de chatbots de IA personalizados. Também já esteve envolvido em controvérsias, principalmente em relação a supostas violações de direitos autorais.

Mas afinal, quem criou o ChatGPT?

O ChatGPT foi criado em esforço conjunto por pesquisadores e desenvolvedores da OpenAI, fundada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos por Sam Altman (atual CEO), Greg Brockman, Elon Musk (que saiu da empresa em 2018), Ilya Sutskever (que deixou a OpenAI em maio de 2024), Wojciech Zaremba e John Schulman.

De acordo com uma reportagem da Wired publicada em 2016, Greg Brockman se encontrou com Yoshua Bengio, um dos “pais fundadores” do deep learning, e elaborou uma lista dos “melhores pesquisadores da área” no segmento de inteligência artificial. Brockman então conseguiu contratar nove deles como os primeiros funcionários da OpenAI, em dezembro de 2015.

A lista completa não foi revelada, mas sabe-se que um dos cientistas envolvidos no trabalho do ChatGPT foi Liam Fedus. “O modelo ChatGPT é ajustado a partir do mesmo modelo de linguagem do InstructGPT, e usamos uma metodologia semelhante para ajustá-lo. Adicionamos alguns dados de conversação e ajustamos um pouco o processo de treinamento. Então, não queríamos exagerar como um grande avanço fundamental. Como se viu, os dados de conversação tiveram um grande impacto positivo no ChatGPT”, disse ele em entrevista ao MIT Technology Review em 2023.

“Ficamos definitivamente surpresos com o quão bem ele foi recebido. Houve tantas tentativas anteriores de um chatbot de uso geral que eu sabia que as probabilidades estavam contra nós. No entanto, nosso beta privado nos deu confiança de que tínhamos algo que as pessoas realmente poderiam gostar”, acrescentou ele.

Fonte: Época Negócios