domingo,24 novembro, 2024

Ciência, Cultura e Economia Criativa andam juntas e precisam ser fortalecidas para geração de riquezas

A discussão promovida na mesa “Ciência, Cultura e Economia Criativa” na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI) no dia 31, quarta-feira, reuniu nomes importantes para apresentar temas que conciliam a  economia, ciência e cultura em prol do desenvolvimento econômico do país. 

Conduzida pelo ministro substituto da Cultura, Márcio Tavares, a mesa debateu  a necessidade de atrelar ao conhecimento da ciência, os saberes ancestrais culturais para a promoção e o desenvolvimento do Brasil com a participação do diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Márcio Rangel (MAST); o reitor da Universidade Federal da Bahia, Paulo César Miguez; da deputada federal (PCdoB/RJ) Jandira Feghali; e da ex-secretária do Ministério da Cultura (MinC), a professora Cláudia Leitão.

O ministro Márcio Tavares fez um resumo das conquistas culturais no Brasil desde a década de 30, chegando até à política Cultura Viva.  “A partir de 2016 houve um desmonte que agora nós estamos retomando. Neste Governo a Ciência e Cultura voltaram ao centro de discussão”, comemorou. 

Em seguida, o representante da UFBA, Paulo Miguez falou sobre o termo economia criativa que só em 2004 foi  implementada no Brasil pelo ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil.  Miguez também citou uma fala do ex-ministro Celso Furtado que afirma: “a função do desenvolvimento é produzir cultura”. Por fim, pontuou a necessidade de investimentos no país para a promoção da economia da cultura criativa.  Assim como ele, o ministro Tavares trouxe números sobre  investimentos de apenas 4% do Produto Interno Bruto (PIB) na área cultural.

“Precisamos ser protagonistas da nossa potência criativa e não apenas consumir o que é dos outros. A ciência, tecnologia e cultura precisam gerar renda e emprego”, disse a deputada federal Jandira Feghali. A representante do  legislativo acrescentou que primeiro é necessário convencer os gestores sobre a criação de novos programas.  A deputada é autora da Lei Aldir Blanc que destinará R$15 bilhões até 2027 para as pessoas que trabalham na área. 

Na discussão, a professora Cláudia Leitão alertou. “Precisamos falar da cultura da ciência no Brasil, isso significa que há valores que definem as escolhas, as decisões, as políticas, as categorias hegemônicas, a nossa forma de pensar. Por exemplo, as universidades ainda estão intramuros”, frisou. Ainda de acordo com ela,  a cultura da economia criativa é por natureza transversal. “As instituições não são”, disse.

Redação
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