sexta-feira,20 setembro, 2024

Logística ecológica poupa R$ 1 bilhão evitando descarte inútil de alimentos

Qual o produto menos sustentável? Aquele que é desperdiçado. Por exemplo, os que têm de ser descartados por seu prazo de validade ter expirado. Para reduzir as perdas da indústria e o danos ao meio ambiente, a empresa de tecnologia brasileira Gooxxy desenvolveu um sistema para facilitar a venda e a distribuição de produtos secos, basicamente alimentos não perecíveis. Agora, a ideia é ampliar essa atividade por meio de uma parceria com a empresa de logística alemã DHL Supply Chain.

Como funciona? Servindo-se dos recursos de Inteligência Artificial (IA), a Gooxxy monitora estoques não-vendidos de indústrias cujo prazo de validade está perto do fim. Funcionando também como um marketplace, o sistema vende esses produtos por preços inferiores aos habituais, devido à validade curta.

Negócios fechados, chega a hora de migrar do mundo virtual para o real. A DHL recolhe esses produtos nas indústrias, armazena em um centro de distribuição, separa cada lotes e faz o transporte até o comprador final, normalmente um varejista ou atacadista.

Essa solução simples tem um impacto positivo no meio ambiente. Em 2023, o sistema evitou o descarte de 5,3 mil toneladas de produtos. “Isso evitou que 7,6 milhões de metros cúbicos fossem desperdiçados e a emissão de 3,79 toneladas de CO2² na atmosfera”, diz Vinicius Abrahao, fundador da Gooxxy. “O processo de recolocação movimentou produtos cuja receita equivale a R$ 1 bilhão.”

Esse movimento é crescente. “A recolocação de produtos no mercado, também chamada de recommerce, é uma tendência que vem crescendo na América Latina e em termos globais”, diz Maurício Almeida, Vice-presidente dos setores de Tecnologia e Consumo da DHL Supply Chain.

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Para tornar a operação ainda mais sustentável, a DHL Supply Chain está utilizando um veículo elétrico para entregas na Grande São Paulo. Ele é conduzido por uma motorista mulher, parte do projeto “Mulheres na Estrada”, que visa promover maior diversidade na área de transportes.

Cláudio Gradilone

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