Em paralelo ao desenvolvimento de regras e estratégias para a inteligência artificial no Brasil, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br, NIC.br, já acumula quatro anos de dados sobre IA no país e no mundo e se torna o principal repositório público sobre o tema.
“Geramos dados que permitam ter uma sensação de temperatura, de como esse tema está sendo visto pelos diversos setores da sociedade”, afirma o presidente do NIC.br, Demi Getschko, que nesta quinta, 6/6, participa do 4º Congresso Brasileiro de Internet, em Brasília.
Até aqui, alguns setores já deslancham no uso de ferramentas de inteligência artificial, caso da Saúde, enquanto outros ainda são polêmicos, como educação.
“Existem segmentos que tradicionalmente já usavam. Por exemplo, em Saúde, usa ferramentas sofisticadas com resultados bastante positivos e promissores. O TIC Saúde aborda isso há 10 anos. Em outros setores a coisa é mais complicada, mais nova, mais polêmica, como será a IA na educação, como será a IA na empresa, e isso vai sendo adicionado ao conteúdo que já temos”, avalia o presidente do NIC.br.
“O NIC tem participado desde a EBIA, [a Estratégia Brasileira de IA] e continua agora que a Estratégia está sendo revista. E a gente se ofereceu para montar o OBIA, o Observatório Brasileiro de IA. Isso tem três pernas: gerar subsídios para políticas públicas, ver como a sociedade está recebendo IA nas diversas áreas; outra perna é juntar material documental de como os diferentes países tratam isso; e o terceiro é ser um ponto de encontro entre quem toca centros de IA no Brasil e se ajudem mutuamente”, explica Getschko. Assistam a entrevista.
Luís Osvaldo Grossmann