sábado,23 novembro, 2024

Mobilidade urbana: o que esperar de tendências em 2024?

Nos últimos anos, cada vez mais as cidades têm aderido as novas tecnologias, sobretudo ao que tange à mobilidade urbana, assim como a crescente busca por soluções voltadas para a ESG – do inglês, Ambiental, Social e Governança, sobretudo no cenário pós-pandemia de Covid-19 e isso não será diferente em 2024.

Neste aspecto, Emanuele Cassimiro, CPO da Cittamobi, empresa que atua no segmento de mobilidade urbana e transporte público, ressalta que o ano de 2023 foi bastante movimentado para o setor, que teve a finalização das discussões do Marco Legal do Transporte Público Coletivo e, como resultado, ganhou uma revisão no ano de 2021, tendo sido sancionado em 2012.

Para o ano de 2024, ela destaca que há uma expectativa de que a legislação atualizada entre em vigor. “O PL 3.278/2021 tem como objetivo adequar a legislação às mudanças nas cidades, promovendo a integração de novas soluções, entre elas, o  compartilhamento de dados, a implementação de sistemas inteligentes, assim como estabelecer uma maior conexão entre prefeituras, órgãos gestores e cidadãos com padrões e mecanismos de participação, informação e reclamações, dentre outros benefícios, como os ônibus elétricos, que não poluem, e a integração entre os modais de transporte”, detalha.

Havendo essa incorporação, que fomenta a cooperação entre os setores público e privado, os sistemas de transporte trabalharão de forma mais interconectada e eficiente. Além, também, de serem mais abrangentes para os cidadãos, que ganham em qualidade e acesso a novas tecnologias, disponibilizadas por meio de startups de mobilidade urbana, assegura a especialista.

“Com os sistemas inteligentes é possível acompanhar em aplicativos para celulares os trajetos do transporte público em tempo real, assim como os itinerários, pontos de parada mais próximos, entre outras diversas opções”, ilustra.

Tendências ESG

Outra tendência não somente para 2024, mas para os próximos anos é, segundo Emanuele, o investimento dos governos nas práticas de sustentabilidade. Ou seja, tanto em ações voltadas para o meio ambiente, como o incentivos ao uso de bicicletas e a integração de diferentes modais de transporte, quanto no olhar para as pessoas com deficiência, ao promover uma acessibilidade aliada às tecnologias oferecidas pelas startups de mobilidade urbana. “Tudo isso impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas e faz com que elas de fato possam exercer o direito à cidade. Dessa forma, podendo se deslocar não somente a trabalho ou consultas médicas, mas também a lazer”.

Neste aspecto, o turismo também ganha e faz a economia do país girar. Isso, com oportunidades de geração de emprego e renda, além de contribuir para o crescimento no Brasil como um todo, acrescenta. “Acredito que o futuro da mobilidade urbana no Brasil é promissor e o novo Marco Legal do Transporte Público Coletivo será muito efetivo. Ele traz um olhar com incentivo às tecnologias como aliadas ao desenvolvimento sustentável e qualidade de vida das pessoas. Elas passam também a ser protagonistas importantes nas cidades, estando perto de prefeituras, órgãos gestores e empresas de transporte. Assim, resultando positivamente em cidades inteligentes e sustentáveis”, finaliza.

Por Pauline Machado 

Redação
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