A valorização de 20% nas ações da Meta na última sexta-feira, 2 de fevereiro, marcou uma mudança impressionante para uma empresa que, há dois anos, enfrentava a desconfiança de investidores diante de seus audaciosos planos para o metaverso.
O que você precisa saber:
- A saga começou quando Mark Zuckerberg, CEO da empresa antes conhecida como Facebook, sinalizou seu interesse no metaverso.
- O metaverso é um universo virtual acessado principalmente por meio de realidade virtual e aumentada.
- A mudança radical, que incluiu a troca de nome para Meta e um aumento de quase 80% no orçamento de gastos de capital, resultou na empresa sendo excluída do clube dos trilhões de dólares no final de 2021.
- Contudo, a recente valorização impulsionou a Meta de volta para o seleto grupo, com um valor de mercado agora superior a US$ 1 trilhão.
- O crescimento astronômico, que já havia triplicado em 2023, é atribuído a uma recompra significativa de ações e à introdução do primeiro dividendo da empresa.
- Este renascimento financeiro representa uma virada notável desde que, em 2022, a Meta enfrentou uma queda acentuada nas ações devido a uma desaceleração prevista no negócio de publicidade.
A confiança do mercado está agora ancorada em números positivos. A receita publicitária, que havia caído pela primeira vez em 2022, experimentou um ressurgimento de 16% em 2023, ganhando impulso ao longo do ano. A margem operacional na divisão principal de aplicativos aumentou impressionantes 10 pontos percentuais para 47% em 2023, refletindo o desempenho financeiro robusto de produtos como Reels.
Apesar do entusiasmo renovado, a Meta enfrenta desafios consideráveis. O setor de metaverso, embora promissor, ainda representa um investimento caro, registrando uma perda operacional superior a US$ 16 bilhões em 2023. Além disso, a empresa se depara com riscos como a crescente dependência de players chineses de comércio eletrônico para publicidade e as persistentes ameaças de escândalos políticos e regulamentação.
Zuckerberg, por sua vez, parece determinado a conquistar o metaverso, chamando-o de “parte importante de nossa visão de longo prazo” durante a teleconferência de resultados. A empresa também planeja investir pesadamente em infraestrutura, com um aumento no orçamento de gastos de capital para US$ 37 bilhões este ano.
Wall Street, desta vez, parece mais confiante. Analistas destacam a redução na estrutura de custos da Meta, o crescimento sólido da receita publicitária e as medidas amigáveis aos acionistas, como fatores positivos. Com a introdução do dividendo, espera-se que a Meta atraia um novo conjunto de acionistas, impulsionando ainda mais suas ações.