Quem vê as barras de chocolate nas gôndolas e prateleiras dos supermercados nem imagina todo o processo que elas passaram até virar um dos doces mais amados pelos brasileiros. A expedição Re.genera, da Nestlé Brasil, mostra incentivo da marca a pequenos, médios e grandes agricultores no cultivo sustentável e regenerativo do cacau pelo programa Cocoa Plan. Mas onde isso impacta o consumidor final? O que é esse programa? Como um fruto produzido numa fazenda no interior de Ilhéus, na Bahia, tem tanta importância nas grandes cidades – e até mesmo na produção e distribuição de KitKat do México até a Patagônia?

Segundo Luis Collaço, gerente de ESG da Nestlé Brasil, a ideia do programa Cacau Sustentável é fomentar três pilares: boas práticas agrícolas, melhores condições de vida e cacau de qualidade.

“O consumidor está bastante atento às práticas de  ESG. Então ele questiona muito quem faz o produto, de onde ele vem”, explica. “Além do ambiental, do socioeconômico, e da governança, trazer esse conceito de origem para o consumidor é muito importante para a gente também, porque regenerar é nutrir o que faz bem”, completa.

Curiosidade para educar

O desenvolvimento consciente do cacau agrega não só a qualidade do produto, mas à jornada do consumidor. Hoje em dia principalmente os jovens estão muito ligados em sustentabilidade, origem de matéria prima, e como as empresas tratam seus colaboradores – sejam terceirizados ou não. Mostrar esse processo do começo ao fim traz robustez para a história da cadeia de produção do chocolate para os compradores. “Desde o desenvolvimento do produto, da embalagem, e da reciclagem, nós temos esse cuidado de responsabilidade com todos os atores dessa cadeia”, continua Luis.

Mas como contar isso ao consumidor? Essas informações precisam ser divulgadas, e isso é feito de diversas formas pela Nestlé. “Hoje nós temos nas embalagens vários selos, várias táticas de comunicação que fazem um convite ao consumidor para que ele entenda mais sobre aquele produto”, acrescenta. Assim, ao escolher produtos da empresa, o consumidor apoia produtores de cacau sustentável e responsável. 

Luis explica que incitar a curiosidade do consumidor é a chave para educá-lo sobre a fabricação do chocolate – e mais do que isso, mostrar que empresas que se importam com os colaboradores tendem a produzir de forma consciente e com qualidade. “As perguntas que queremos motivar são: Quem que tá fazendo esse produto? De onde vem esse cacau? Como é feito chocolate?”, conta. ”Assim, educamos e trazemos o cliente mais perto da jornada junto com a gente”, adiciona Collaço.

De acordo Filipe Silva, Gerente de Transformação Digital e Excelência em manufatura da empresa, a fábrica da Nestlé em Caçapava, interior de São Paulo, é responsável pelo abastecimento de todo chocolate do México à Argentina.

O papel do varejo na conscientização do consumidor

Apesar das informações, selos, e QR codes estarem presentes nas embalagens, ainda assim eles estão sujeitos a serem despercebidos pelo consumidor. Pensando nisso, o varejo tem um papel muito importante na disseminação das informações da origem do chocolate e de sua matéria prima. “Estamos muito fortes nos materiais de trade marketing. Então quando a gente põe um selo numa embalagem, ou quando fazemos uma comunicação numa prateleira ou numa gôndola de ovos de Páscoa, por exemplo, com o selo do Cocoa Plan, a gente atinge esse cliente e usa desse ponto de venda como ponto de contato”, diz. Além disso, a marca utiliza das redes sociais como forma de espalhar o conhecimento. “O Instagram, as nossas redes sociais, site corporativo, vídeos no YouTube, e o ponto de venda aliado ao consumidor, que é onde entram os varejistas”.

Para manter o varejo ciente das práticas da Nestlé e passá-las adiante ao consumidor, são realizadas reuniões e programas de informação não só sobre a origem do cacau, mas as práticas de ESG como um todo.

“Ele precisa entender por que que a gente tá colocando um selo, um logo comunicando sobre o cacau sustentável”, conta. “Explicamos a origem, a fábrica, a distribuição, até chegar ao consumidor. Então isso traz mais embasamento e responsabilidade para esse processo, aumentando a nossa reputação perante a sociedade”, comenta Luis. “Isso é muito importante para a gente mostrar que não é só um chocolate gostoso – é um chocolate gostoso, saudável e sustentável.”

Ao estabelecer um padrão altíssimo de qualidade para a matéria prima e o produto final, a Nestlé acaba disseminando a palavra da sustentabilidade para outras empresas do ramo e, em um efeito dominó, elas começam a ser questionadas pelos consumidores também. “Quem tá fora dessas práticas começa a ser olhado com outros olhos. ‘Mas por que que você não tem esse selo? Por que que você não tá falando nada?’. Então a gente quer ser pioneiro nessa mudança de mentalidade, trazendo tanto o varejista quanto o consumidor, a mídia, para essa jornada que, no final das contas, é de todos; Afinal, só existe um planeta”, finaliza o gerente. 

Toda essa importância com a origem do cacau é um reflexo das políticas de rastreamento desse fruto. O Brasil é um dos maiores produtores de cacau do mundo, principalmente por estar em uma região de trópicos bem quente – clima perfeito para o cultivo da matéria prima. Para a Nestlé, o padrão de qualidade precisa vir desde a parceria com as fazendas que fornecem o licor de cacau – que não pode ter residual de fumaça, por exemplo – até a pesagem das caixas de bombom, oferecendo um chocolate que aflora o sensorial de todos que o consomem.