sexta-feira,22 novembro, 2024

Japão tenta pousar sonda na Lua nesta sexta-feira; entenda

Dispositivo de exploração foi desenvolvido por fabricante de brinquedos responsável por criação dos Transformers

O Japão quer se tornar a quinta nação a pousar na superfície da lua nesta sexta-feira. A espaçonave ‘Moon Sniper’ deverá pousar com precisão usando uma tecnologia robótica de rolamento desenvolvida por uma grande empresa de brinquedos do país. A alunissagem (termo para pouso lunar) está previsto para ocorrer às 12h20 no horário de Brasília, quando já será sábado no Japão.

Até o momento, apenas os Estados Unidos, a União Soviética, a China e a Índia conseguiram tal feito. Essa empreitada pode representar, finalmente, o sucesso dos japoneses no desenvolvimento espacial, depois de duas missões lunares fracassadas e recentes falhas de foguetes, inclusive, com explosões após a decolagem.

Dessa vez, a ‘Moon Spider’ tem como alvo uma área a 100 metros de um ponto na superfície lunar, ou seja, bem menos do que a zona de aterragem habitual de vários quilômetros. Essa precisão é exigida porque os japoneses devem buscar uma região onde o manto da Lua seja mais acessível à superfície.

— As rochas expostas aqui são cruciais na busca pelas origens da Lua e da Terra —, disse à AFP Tomokatsu Morota, professor associado da Universidade de Tóquio especializado em exploração lunar e planetária.

SORA-Q, a sonda exploradora da missão, é um pouco maior que uma bola de tênis e pesa 250 gramas e foi desenvolvida pela agência espacial japonesa e pela empresa de jogos Takara Tomy. A fabricante de brinquedos que participa desta missão é a empresa que criou os conhecidos robôs Transformers lançados no mercado em 1984. Um vídeo da empresa mostra como a sonda deve funcionar em solo lunar:

Este projeto tem a particularidade de que os componentes da esfera foram pensados ​​para abrir e atuar como rodas para impulsionar SORA-Q pela superfície sinuosa e irregular rochosa.

Uma versão de brinquedo da sonda foi lançada pela fabricante. Veja abaixo:

A empreitada também tem como foco esclarecer a existências de possíveis recursos hídricos que, um dia, poderão ser fundamentais para a construção de bases na Lua. Apesar de ter a superfície desértica, os polos contam com terreno acidentado e luz solar escassa, o que pode favorecer a presença de água.

Fonte: Época Negócios

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