A agência espacial indiana abriu o ano de 2024 com o lançamento do seu primeiro satélite para estudar buracos negros, operação que foi concluída com sucesso nesta segunda-feira (01/01). O país asiático se tornou, portanto, o segundo do mundo a colocar em órbita uma iniciativa que promete abrir caminho para a exploração espacial, ao lado dos Estados Unidos.
O foguete PSLV-C58 com o satélite XPoSat saiu da base Sriharikota às 09h10 (hora local), no sul da Índia. Segundo as autoridades, o equipamento teve um custo aproximado de US$ 30 milhões (R$ 147 mi) e tem vida útil de 5 anos.
Os buracos negros são um importante objeto de pesquisa científica da astronomia porque possuem uma atração gravitacional tão forte que nem a luz é capaz de escapar. Esses abismos cósmicos se mostram grandes obstáculos para a exploração espacial.
Com este lançamento, a Índia persegue seu objetivo de lançar missões espaciais tripuladas, a começar pelo envio de astronautas à órbita terrestre e trazê-los de volta em até três dias. No ano passado, o país mais populoso do mundo já havia inovado quando pousou, pela primeira vez, uma nave espacial no polo sul da Lua, além de ter enviado um foguete para estudar o Sol.
Dezenas de buracos negros
Só no ano passado, descobriram-se dezenas de buracos negros pelo espaço, que impressionaram não só pelo tamanho, mas também pela disposição deles. Um dos principais achados foi um sistema binário supermassivo, a 90 milhões de anos-luz de distância da Terra, que surgiu após a fusão de duas galáxias.
Em abril, um algoritmo de inteligência artificial fotografou a primeira imagem de um buraco negro, apelidada de “donut laranja difuso”, dada a sua aparência. Em outro momento, os astrônomos também observaram um evento cósmico que disparava seus jatos de energia em direção à Terra, em uma distância maior que 400 milhões de anos-luz do planeta.