Bernard Marr aponta possível corrida dos touros no próximo ano e destaca seguimentos como DeFi e Web3
Em um artigo publicado pela Forbes, o influenciador e futurista Bernard Marr observou que, apesar de ofuscadas pelo burburinho que se formou em torno do avanço da inteligência artificial (IA) ao longo de 2023, as questões relativas à privacidade e controle de dados na internet permanecem centralizadas nas grandes empresas de tecnologia, as big techs, e, portanto, sem solução.
Segundo ele, isso abre caminho para soluções que estão diretamente ligadas ao ecossistema de criptomoedas que podem favorecer seis tendências de mercado em 2024. Uma delas a sustentabilidade da blockchain e da Web3, que se esbarra no consumo de energia quando se fala em computação descentralizada, por exemplo em questões como mineração de bitcoin apesar dos avanços de algumas soluções nesse segmento, como algoritmos de prova de participação (PoS) da rede Ethereum e iniciativas verdes na Web3.
Marr elencou como outra tendência em 2024 o avanço das redes sociais descentralizadas, mais privadas e com menos censura segundo ele. Em contrapartida, o especialista argumentou que a utilização de algoritmos transparentes e de código aberto poderia solucionar um dos possíveis efeitos colaterais da Web3: a desinformação.
O que aconteceria através de bloqueios de informações inverídicas. Ele disse ainda que o uso de mecanismos em blockchain poderá se reverter em um desafio à hegemonia de empresas como o Facebook e o TikTok.
Falando especificamente sobre o mercado de criptomoedas, o futurista disse que elas desempenham um papel fundamental na Web3 e não descartou a possibilidade de uma bull run (corrida dos touros), outra tendência para o próximo ano, a partir do halving do Bitcoin, na avaliação do especialista.
Na seara cripto, ele elencou mais uma tendência: o crescimento das finanças descentralizadas (DeFi). Isso porque a DeFi está intimamente ligada à Web3 e deve potencializar a democratização de acesso financeiro às pessoas contornando as altas taxas praticadas pelos “intermediários” tradicionais.
O especialista ainda citou outras três tendências, uma delas a ”Web3 e internet imersiva”, que ele classificou como sinônimo de metaverso, por meio da utilização de avatares e tokens não fungíveis (NFTs) como ferramentars de administração de identidades e governança na Web3, o crescimento das moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês) e o aumento de fraudes com alto nível de sofisticação.
Fonte: Exame