A pesquisa feita por universidade canadense colocou os brasileiros como um dos povos que mais passam tempo no dispositivo no mundo

A quantidade de celulares no Brasil e no mundo cresceu exponencialmente na última década, sendo que mais da metade de todos os habitantes do planeta já possui um dispositivo. Nos países desenvolvidos, a população com aparelho móvel alcança uma taxa de 80%.

Os dados da Universidade McGill, no Canadá, colocam o Brasil no top 10 dos viciados mundiais — Foto: Cupom Válido / Divulgação

Segundo dados da Universidade McGill, no Canadá, compilados pela plataforma de descontos on-line Cupom Válido, o Brasil é um dos países que mais enfrentam o problema, ficando em 4º lugar no ranking das nações com mais viciados em celulares, atrás somente da Malásia, Arábia Saudita e China. Já os países com menos viciados, são a França e a Alemanha.

Para explicar os dados, os pesquisadores sugeriram que normas sociais variadas e expectativas culturais podem influenciar na importância que os indivíduos atribuem a permanecer em contato constante através de celulares com seus pares.

Países com uma cultura mais coletivista, como o Brasil, onde as conexões interpessoais são altamente valorizadas, podem apresentar taxas mais elevadas de vício em celulares. Nestes locais, as pessoas tendem a passar mais tempo em redes sociais em contato com amigos e familiares.

Culturas mais coletivistas, como as brasileiras, aumentam o desejo de conexão pelo celular — Foto: Freepik / Creative Commons
Culturas mais coletivistas, como as brasileiras, aumentam o desejo de conexão pelo celular — Foto: Freepik / Creative Commons

Por outro lado, culturas individualistas, como a da Alemanha, que priorizam a autonomia pessoal, demonstram taxas mais baixas de dependência do aparelho móvel.

Se você está no grupo dos “viciados”, veja algumas dicas para diminuir a dependência:

  • Definir limites de tempo máximo para o uso do aparelho por dia;
  • Controlar as notificações, desativando as que forem desnecessárias, reduzindo a tentação de verificar o dispositivo a todo momento;
  • Distanciar-se do aparelho, deixando-o em outro cômodo ou fora do alcance das mãos, principalmente na hora do estudo, do trabalho ou de dormir;
  • Caso o vício esteja afetando negativamente a saúde física ou mental, o ideal é buscar a ajuda de um profissional de saúde ou terapeuta.

Texto: Casa e Jardim