Empresas levaram suas soluções com foco em preservação do meio ambiente para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
A 28ª Conferência da Partes (COP28) teve início nesta quinta-feira (30/11), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A cúpula mundial dedicada a discutir os enfrentamentos às mudanças climáticas acontece até 12 de dezembro e reúne líderes globais, governos, empresas, organizações não governamentais e sociedade civil para debater a adoção de práticas mais sustentáveis para o planeta.
Além da presença da comitiva presidencial brasileira, seis startups nacionais foram selecionadas pela ApexBrasil, em parceria com o Sebrae, para levarem suas soluções para o evento. Elas integram um seleto grupo de 100 startups aprovadas pela curadoria da COP para mostrar tecnologias voltadas para um futuro mais sustentável na Green Zone, onde terão acesso a uma rede exclusiva de contatos.
Dentre as startups brasileiras que desembarcaram em Dubai para a COP28 está a Abundance Brasil, climate tech que busca promover a restauração ambiental de biomas nacionais e acelerar a descarbonização do planeta. A solução da startup é baseada em um modelo de financiamento de novas florestas – a perspectiva é encerrar 2023 com mais de 100 mil árvores plantadas em Minas Gerais.
“A participação na COP28 é um marco super importante para a empresa e para a promoção da biodiversidade brasileira. No início de novembro fomos até a floresta para plantar árvores e, agora, finalizamos o mês marcando presença em um evento tão relevante para o debate climático mundial. Estamos muito honrados em representar o país e compartilhar nossa visão de um futuro mais sustentável, onde a recuperação dos ecossistemas e a manutenção da nossa qualidade de vida seja uma prioridade”, afirma Pedro Miranda, CEO e fundador da Abundance Brasil.
A umgrauemeio, climate tech que atua na prevenção de incêndios florestais e na proteção ambiental, participa pela segunda vez de uma COP. A startup vai apresentar a plataforma Pantera, ferramenta que detecta e monitora riscos de incêndio em tempo real, combinando inteligência artificial, análise geoespacial e sensoriamento remoto, e o projeto Abrace a Floresta, que pretende atrair investimentos governamentais e da iniciativa privada para a preservação das áreas e a redução das emissões de gás carbônico.
“Esperamos fazer conexões com atores interessados na expansão do modelo Abrace a Floresta para a Amazônia, e que possamos criar mecanismos financeiros que permitam investimentos concretos em ações imediatas e urgentes para reduzir os incêndios e as elevadas emissões de CO₂ que causam”, declara Rogério Cavalcante, CEO e fundador da umgrauemeio.
Outra startup brasileira que marcará presença no evento é a Bluebell Index. A fintech atua com a valorização, certificação e monetização de ativos ambientais a partir de tokens que incluem carbono, água, solo e biodiversidade, trazendo rastreabilidade de dados científicos e documentais para que investidores, empresas e governos invistam em projetos que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
“É uma oportunidade única para estabelecer e fortalecer colaborações e alianças estratégicas com outras organizações e entidades, que compartilham o mesmo compromisso com a sustentabilidade e a luta contra as mudanças climáticas. Esperamos influenciar a agenda da COP28 para que ela seja mais ambiciosa e eficaz na luta contra as mudanças climáticas. A partir do compartilhamento de nossas experiências e soluções, buscamos contribuir para a definição de metas e ações mais abrangentes e importantes no contexto da conferência”, diz Phelipe Spielmann, CEO e fundador da Bluebell Index.
A MetAmazonia vai aproveitar a participação na COP28 para lançar a primeira coleção de seus ativos digitais que representam um pedaço da reserva que gerencia na Floresta Amazônica. A startup faz parte do AmaGroup, grupo empresarial que atua há mais de 15 anos na região para combater as mudanças climáticas, o desmatamento e a pobreza. A plataforma é um gêmeo digital da reserva ambiental e oferece tokens ESG, créditos de carbono e metaverso para promover educação sobre a floresta e os povos tradicionais.
O valor pago pelos ativos digitais será revertido para projetos sociais que atendem comunidades ribeirinhas da região, investimento no monitoramento da floresta, desenvolvimento de tecnologia e proteção da biodiversidade.
“Por meio da MetAmazonia as pessoas poderão monitorar o trabalho que desenvolvemos, e acreditamos que essa transparência pode auxiliar ainda mais na proteção da Amazônia. Lançar esse produto na COP28 é uma oportunidade de mostrarmos ao mundo que a tecnologia pode auxiliar significativamente soluções baseadas na natureza para impulsionar a economia do clima”, afirma Leonardo Barrionuevo, presidente da MetAmazonia.
Veja a lista das startups brasileiras que participam da COP28:
Abundance Brasil, climate tech
Energy Source, energytech
BN Petro, energytech
Bluebell Index, fintech
Metamazonia Brasil, plataforma que levou a Amazônia ao metaverso
umgrauemeio, climate tech
Texto: Rebecca Silva, da PEGN