A PhysicsX pretende revolucionar a simulação computacional, tornando mais fácil e rápida a criação de equipamentos como turbinas eólicas e equipamentos aeroespaciais
A inteligência artificial generativa já cria códigos de programação complexos, cria imagens realistas (a ponto de deixar em dúvidas as pessoas sobre sua autoria) e já vem revolucionando setores como o varejo. Mas uma startup britânica aposta que a tecnologia pode ir ainda mais longe, como ao realizar simulações ultracomplexas de física teórica e permitir a engenheiros criar uma nova geração de equipamentos, como turbinas eólicas e equipamentos aeroespaciais.
A PhysicsX, com uma equipe de mais de 50 engenheiros de simulação, engenheiros de machine learning e de software e cientistas de dados, está construindo uma IA que, segundo ela, poderá “acelerar dramaticamente a simulação física precisa”. Isto permitiria, por exemplo, criar soluções de engenharia generativa para setores como o aeroespacial, automotivo, de energias renováveis e produção de materiais.
A ideia é “resolver gargalos” de engenharia e poupar tempo e esforço dos profissionais – sobretudo em etapas de simulação computacional que, hoje, costumam consumir bastante tempo deles. A IA ficaria responsável por coletar dados do mundo real e simulá-los conforme os parâmetros que lhe são dados.
A empresa foi cofundada pelo físico teórico e ex-chefe de P&D da equipe de Fórmula 1 Renault (Alpine) Robin Tuluie. E ela acaba de anunciar uma rodada de financiamento da série A de 30 milhões de euros, liderada pelo fundo de venture capital General Catalyst.
“Os processos de design de engenharia foram transformados pela simulação numérica e pela disponibilidade de infraestrutura computacional de alto desempenho”, comentou ao site The Next Web Tuluie, que também é co-CEO da empresa. “A mudança da simulação numérica para o aprendizado profundo representa um salto semelhante, e irá desbloquear novos níveis de desempenho do produto e formas de praticar a própria engenharia”, ele aposta.
Alguns clientes da PhysicsX projetam soluções em turbinas eólicas, motores de aeronaves, veículos elétricos, semicondutores, metais e biocombustíveis, segundo Jacomo Corbo, outro cofundador e co-CEO. No entanto, eles têm se deparado com limites nas atuais ferramentas computacionais – e é aí que a startup poderá ajudá-los.
“Estamos muito satisfeitos que nosso novo financiamento nos permitirá estabelecer parcerias mais profundas com os nossos clientes para permitir uma engenharia inovadora”, acrescentou Corbo.
Texto: Epoca Negocios
Texto: Redação Época NEGÓCIOS