Segundo comunicado, cibercriminosos não conseguiram acessar informações sobre foguetes e satélites (mas tentaram) 

A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), principal agência do Japão responsável pela pesquisa, desenvolvimento e implementação de tecnologia no espaço, revelou que foi atingida por um ataque hacker há poucos meses, conforme divulgou a Reuters. Segundo o órgão, as informações acessadas não incluíam nada importante para as operações de foguetes e satélites, mas vulnerabilidade foi explorada.  

O que você precisa saber: 

  • A agência espacial tomou conhecimento da possibilidade de acesso não autorizado após receber informações de uma organização externa — o nome da empresa não foi revelado; 
  • De acordo com a mídia japonesa, o ataque cibernético ocorreu durante o verão (entre junho e agosto). A polícia tomou conhecimento da invasão e notificou a JAXA recentemente; 
  • Um porta-voz da agência governamental se recusou a oferecer detalhes sobre como o ataque ocorreu e quais informações foram acessadas; 
  • Ele destacou que a investigação do caso ainda está em andamento. 

Havia a possibilidade de acesso não autorizado através da exploração da vulnerabilidade dos equipamentos de rede. Porta-voz da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA). 

Órgãos governamentais na mira dos hackers

Vale lembrar que recentemente o centro de pesquisa nuclear Idaho National Laboratory (INL), um dos laboratórios do Departamento de Energia dos Estados Unidos, também foi vítima de uma violação de dados. 

O grupo de hackers SiegedSec assumiu a responsabilidade pelo ataque e disse que acessou dados confidenciais de funcionários.   

O SiegedSec já é conhecido entre autoridades do governo, isso porque o grupo comumente ataca organizações governamentais e afiliadas por razões políticas. Em outubro deste ano, os hackers também invadiram o sistema da OTAN no que foi considerado um “ataque de alto nível”.  

Na época, documentos internos do órgão foram vazados como retaliação contra países que estariam violando os direitos humanos.  

Texto: Tamires Ferreira