Um acordo prevê que a Graphyte capture e armazene dióxido de carbono no solo para a American Airlines até 2025

Os esforços de combate ao aquecimento global dependem da inovação tecnológica. Um exemplo disso é o mais recente acordo firmado entre a American Airlines, uma das maiores companhias aéreas do mundo, e a startup Graphyte, apoiada por Bill Gates. Essa parceria prevê a captura de 10 mil toneladas de dióxido de carbono no subsolo.

Startup cobra valor mais baixo

  • O trabalho da Graphyte é único porque depende de um processo aparentemente simples para armazenar carbono permanentemente no subsolo, tornando sua estratégia muito mais acessível do que seus concorrentes.
  • A startup afirma que pode “enterrar” o CO2 pelo preço de US$ 100, quase R$ 500, por tonelada.
  • O valor é considerado como meta para tornar a tecnologia de remoção de carbono acessível.
  • A maior usina de remoção de dióxido de carbono em operação hoje, por exemplo, cobra cerca de US$ 600, aproximadamente R$ 3 mil, a tonelada para empresas como a Microsoft.
  • As informações são da The Verge.
Métodos de captura de CO2 são considerados fundamentais para combater o aquecimento global (Imagem: darksoul72/Shutterstock)

Qual o método de captura de CO2 usado?

A startup afirma usar significativamente menos energia do que seus concorrentes. Operar máquinas que sugam CO2 da atmosfera ou dos oceanos tende a usar muita eletricidade, uma questão que aumenta os custos e pode até causar prejuízos ao meio ambiente.

O grafite tem uma tática totalmente diferente, que chama-se de fundição de carbono. Essencialmente, é uma maneira de mumificar a matéria vegetal, evitando que ela se decomponha, o que liberaria dióxido de carbono que as plantas absorveram quando estavam vivas por meio da fotossíntese.

A empresa começa pela coleta de biomassa, que, no caso, é resíduo da agricultura e da produção madeireira. Em seguida, seca o material vegetal, evitando a decomposição, livrando-se de qualquer umidade e micróbios.

Depois disso, a biomassa é firmemente embalada em tijolos e envolvida no que a Graphyte diz ser “uma barreira impermeável e ambientalmente segura para garantir que a decomposição não seja reiniciada”. Enterre esses tijolos no subsolo, e a Graphyte diz que pode armazenar o dióxido de carbono que essas plantas absorveram durante sua vida por mil anos.

A primeira implantação comercial deste método para a American Airlines ocorrerá nas instalações da Graphyte em Pine Bluff, Arkansas. A empresa também tem apoio financeiro da empresa de investimento climático de Gates, a Breakthrough Energy Ventures.

O acordo prevê que a Graphyte capture e armazene 10 mil toneladas de carbono para a American Airlines até 2025, com créditos de remoção de carbono emitidos para representar cada tonelada de carbono removida.

Texto: Olhar Digital