segunda-feira,25 novembro, 2024

MRV lança projeto de cidade sustentável para 30 mil habitantes em São Paulo

Cidade Sete Sóis Pirituba, na zona norte da capital paulista, é o maior projeto da história da construtora, e conta com investimento de R$ 2 bilhões

A zona norte da capital paulista recebe o projeto de uma cidade sustentável que prevê acomodar uma população estimada em 30 mil moradores e trabalhadores da região.

Realizado pela Construtora MRV, o empreendimento “Cidade Sete Sóis Pirituba”, com 1,7 milhão de m² de extensão, conta com investimento de R$ 2 bilhões, o que inclui as obras, a criação de infraestrutura, urbanização e melhorias para o entorno.

O complexo traz o conceito de cidade inteligente (smart city), em um bairro aberto, planejado para ser inclusivo, valorizando a integração com a natureza e promovendo senso de comunidade.

Para Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO, o Cidade Sete Sóis Pirituba representa um marco histórico no mercado imobiliário brasileiro por tornar acessível um projeto de alto padrão urbanístico.

“Sete Sóis é a concretização do sonho, um projeto acessível a uma ampla gama de pessoas que desejam viver em um ambiente que oferece inteligentes soluções em áreas verdes, lazer, segurança e senso de comunidade”, enfatiza Fischer.

O empreendimento irá gerar cerca de R$ 3 bilhões de VGV (Valor Geral de Vendas) e mais de 12 mil empregos diretos e indiretos, diz a MRV.

“Ao longo de dez anos, o projeto será dividido em seis fases, sendo a primeira com 11 lançamentos previstos até 2025, todos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida”, revelou.

Ronaldo Motta, diretor-executivo de Desenvolvimento Imobiliário da MRV&CO, explicou que o projeto é baseado em sete pilares, que deram origem ao nome, — Vida Verde, Segurança, Desenvolvimento Urbano, Mobilidade e Acessibilidade, Comodidades, Boa Vizinhança e Tecnologia.

“Ele foi desenvolvido por um time multidisciplinar de especialistas e tem toda sua infraestrutura pensada para proporcionar mais qualidade de vida e sustentabilidade, de forma acessível e democrática ao seu público e toda a região.”

Motta destacou ainda que o projeto paisagístico e urbanístico foi planejado e orientado em parceria com o ICLEI — organização internacional focada no desenvolvimento urbano sustentável, visando oferecer soluções baseadas na natureza.

“Tudo isso alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU. Ao todo, serão 750 mil m² de área verde, contemplando áreas de preservação, praças e um parque linear, que equivalem ao tamanho do Parque Villa-Lobos”, destaca Motta.

Dimensão

O diretor-executivo comercial da MRV&CO, Thiago Ely, disse que as 11 mil unidades previstas serão distribuídas nos 1,7 milhão de metros quadrados que compõem o terreno, visando acomodar uma população estimada em 30 mil moradores e trabalhadores da região.

Na primeira fase, Ely afirmou que estão previstos 11 lançamentos, sendo três ainda em 2023, cinco em 2024 e mais três para 2025, totalizando mais de 4 mil apartamentos.

No primeiro ano, os lançamentos integrarão 11 torres e sete lojas nas fachadas. Os empreendimentos oferecerão apartamentos de 34 a 45 metros quadrados.

“A MRV planeja que todos os lançamentos dessa etapa sejam enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida, com o objetivo de atender renda familiar a partir de R$ 3 mil.”

As unidades serão divididas em três níveis, com preços e plantas diferentes.

  • O primeiro são apartamentos de cerca de 34 metros quadrados e o preço vai de R$ 230 mil a R$ 240 mil;
  • O segundo são de unidades intermediarias, com aproximadamente 40 metros quadrados, com varanda e garagem. O preço médio dessas moradias são de R$ 260 mil.
  • O terceiro modelo são mais sofisticados, com a metragem de 45 metros quadrados, com suíte, varanda, área de lazer e estacionamento. O valor é de, em média, R$ 330 mil.

“Como o projeto tem previsão de entrega de até 10 anos, seguiremos atentos às necessidades futuras do mercado imobiliário, com o objetivo de continuar oferecendo opções variadas de moradias que atendam diferentes estilos de vida dos nossos clientes”, afirma Ely.

11 mil unidades previstas serão distribuídas nos 1,7 milhão de metros quadrados que compõem o terreno/ Divulgação

Por que Pirituba

Fischer revelou que o espaço onde está sendo construída a cidade inteligente foi encontrado quase “por acaso”. Contou que a MRV levantou um empreendimento no bairro e os executivos notaram que a área tinha capacidade para um grande projeto.

“O  terreno praticamente caiu no nosso colo. Quando vimos o espaço, já notamos a potencial para colocarmos um projeto agressivo no radar devido à localização, à área verde, acessibilidade, enfim, todos os quesitos para construirmos ali o maior desafio da construtora.”

A população do entorno poderá utilizar a estrutura do empreendimento, já que o projeto será entregue como um bairro aberto.

Ao longo da obra, a expectativa é de que mais de 12 mil moradores da região trabalhem no empreendimento, o que vai contribuir para movimentar a economia local e aumentar a arrecadação municipal.

“O que antes era uma área cercada e inacessível, será transformado em um espaço útil integrado à cidade. Também está alinhado com a criação de infraestrutura completa para facilitar o dia a dia dos moradores locais, estimulando a criação de novos negócios, fortalecendo o senso de comunidade”, explica Motta.

Outras cidades

Além da capital paulista, outras cidades também receberão projetos com o conceito de Smart Cidade da MRV, que terá o objetivo de expandir a oferta de moradias acessíveis em áreas inteiramente planejadas com alto padrão urbanístico e soluções inteligentes de moradia.

“Esse enfoque na inclusão e na abertura para a comunidade local é um marco importante no desenvolvimento urbano de São Paulo e na história da MRV. Além da capital de São Paulo, Salvador (BA) já conta com projeto da Smart Cidade Sete Sóis em andamento, e no Rio de Janeiro (RJ) e São José dos Campos têm previsão de lançamento em breve”, revela Ely.

Texto: Diego Mendes da CNN

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