Eles divulgaram uma carta aberta em que apelam para que os governos internacionais eliminem os combustíveis fósseis e invistam em energias renováveis
Médicos dos principais órgãos de saúde globais, incluindo do Canadá, da Índia, da Europa, das nações do Pacífico e do Reino Unido, assinaram uma carta conjunta em que apelam para que os governos internacionais adotem uma ação urgente contra as mudanças climáticas para proteger a saúde das pessoas.
“Nós, médicos de família, médicos e profissionais de saúde de todo o mundo, apelamos aos líderes mundiais para que tomem medidas urgentes para salvaguardar a saúde das populações globais da crise climática”, diz o documento.
Os 39 signatários afirmaram que já estão observando impactos generalizados na saúde humana causados pelas alterações relacionadas ao clima, informa o jornal britânico The Guardian.
“Como profissionais de saúde da linha da frente, respondemos cada vez mais às emergências de saúde desencadeadas pela crise climática. No entanto, face ao aumento dos danos e do sofrimento, novos recursos de combustíveis fósseis continuam a ser desenvolvidos e as emissões de gases com efeito estufa continuam a aumentar”, escreveram.
Diante deste cenário, eles pedem que todos os governos ponham fim à expansão de qualquer nova infraestrutura e produção de combustíveis fósseis, eliminem gradualmente os combustíveis existentes, removam os subsídios e invistam em energias renováveis.
“Se quisermos ter alguma hipótese de limitar o aquecimento a 1,5ºC e travar a escalada da emergência de saúde climática, temos de acabar com a proliferação de combustíveis fósseis”, complementaram.
Segundo Maria Neira, diretora de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), “as alterações climáticas foram identificadas como potencialmente o maior desafio de saúde do século XXI”. Ela destacou que a poluição do ar causa mais de sete milhões de mortes prematuras todos os anos.
Texto: Redação, do Um Só Planeta