O governo do presidente Joe Biden planeja lançar uma ordem executiva sobre inteligência artificial (IA) na próxima segunda-feira (30)
O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, deve revelar uma aguardada ordem executiva voltada à inteligência artificial (IA) na próxima segunda-feira (30). Vai ser um passo da tentativa do país de regulamentar a tecnologia, que tem gerado tanto entusiasmo quanto preocupação globalmente.
Para quem tem pressa:
- O governo dos EUA, liderado por Joe Biden, planeja lançar uma ordem executiva sobre inteligência artificial (IA) na próxima segunda-feira (30), visando regular essa tecnologia que gera entusiasmo e preocupações globalmente.
- Espera-se que a ordem – será divulgada antes de uma cúpula internacional na Grã-Bretanha sobre os riscos da IA – expanda o papel do governo dos EUA como cliente de tecnologia avançada;
- A iniciativa propõe avaliações para modelos avançados de IA antes de serem utilizados por funcionários federais e visa facilitar a imigração de trabalhadores altamente qualificados para impulsionar a liderança tecnológica do país;
- Agências governamentais, incluindo o Departamento de Defesa e Energia, serão obrigadas a avaliar a integração da IA em suas operações, com foco em defesa cibernética nacional.
A ordem, planejada para ser divulgada dois dias antes de uma cúpula internacional na Grã-Bretanha sobre os riscos potenciais da IA, ampliaria o papel do governo dos EUA como cliente de tecnologia de ponta.
A Casa Branca já enviou convites para um evento intitulado “Inteligência Artificial Segura, Protegida e Confiável” (em tradução livre), indicando a importância dada pelo presidente a esta questão, conforme ressaltado pela reportagem do jornal The Washington Post.
EUA e a regulamentação da IA
Sob essa iniciativa, modelos avançados de IA passariam por avaliações antes de serem utilizados por funcionários federais. Além disso, a ação visaria facilitar a imigração de trabalhadores altamente qualificados, buscando impulsionar a liderança tecnológica do país.
Agências governamentais, incluindo o Departamento de Defesa e o Departamento de Energia, seriam obrigadas a avaliar como poderiam integrar a IA em suas operações, com um foco particular na defesa cibernética nacional.
Para a administração de Biden, a inteligência artificial representa um teste significativo. Desde o início, o governo tem buscado abordar os abusos alegados no setor de tecnologia. No entanto, apesar de algumas ações antitruste, enfrentou desafios consideráveis em seus esforços.
As principais empresas de tecnologia, incluindo OpenAI, Google, Adobe e Nvidia, já assinaram compromissos voluntários com a Casa Branca para desenvolver tecnologia que identifique imagens geradas por IA.
Estes acordos foram mediados pela Casa Branca em setembro e também incluem a promessa de compartilhar dados sobre segurança com o governo e acadêmicos.
Contexto
Enquanto isso, as autoridades europeias também avançam em suas próprias regulamentações para controlar o uso da inteligência artificial.
Espera-se que cheguem a um acordo até o final de 2023 em relação ao Regulamento Europeu sobre Inteligência Artificial (“EU AI Act”), um conjunto abrangente de medidas para proteger os consumidores de aplicações potencialmente perigosas de IA.
A rápida evolução da IA aumentou as preocupações em todo o mundo, com autoridades examinando seu impacto no emprego, na vigilância e na democracia. As mudanças na regulamentação buscam equilibrar a inovação responsável com a proteção dos interesses públicos.
Fonte: Olhar Digital