A publicação foi originalmente lançada em 2015 e é uma das obras de arquivo mais importantes da arte étnica indígena do país
Um dos mais importantes acervos brasileiros de arte originária, Bancos Indígenas do Brasil é uma obra de importante impacto visual e riqueza de conteúdo, que, enquanto documenta peças de grande beleza e interesse, estabelece um diálogo com as culturas nativas.
A nova edição do livro reúne mais de 900 bancos produzidos por artistas de 45 etnias indígenas do Brasil. A publicação mostra a complexidade e a sofisticação artística das peças de madeira produzidas pelos povos originários brasileiros. A obra homônima lançada em 2015 se encontra esgotada, e esta nova versão foi aumentada e revisada.
O livro faz parte da Coleção BEĨ, que compreende obras provenientes do Território Indígena do Xingu, da Amazônia e do sul do Brasil. Na nova edição, os simbolismos, os mitos e os significados que as peças carregam são explicados por representantes de diferentes etnias.
Ao refletir essa postura, Bancos Indígenas do Brasil reúne textos do educador e escritor Ariabo Kezo (da etnia Balatiponé), do professor Adonias Guiome Ioiô (Palikur) e do ativista e escritor Ismael Pedrosa Moreira (Tariana), além de uma narrativa contada por Yumuin Mehinaku, que explica a simbologia dos bancos de cacique. Completam o volume as contribuições da curadora Mariana Brazão, do botânico Ricardo Cardim e do fotógrafo Renato Soares.
A nova edição do livro tem 432 páginas, capa dura e o preço é de R$ 120. É uma edição trilíngue, em português, inglês e francês.
Texto: Isabella Valentim
