sexta-feira,22 novembro, 2024

Grupo de 131 empresas pede acordo na COP28 para a eliminação gradual de combustíveis fósseis

Companhias como Nestlé, Unilever e Bayer escreveram uma carta conjunta pedindo que os líderes políticos que estarão na cúpula do clima comprometam-se a alcançar sistemas de energia 100% descarbonizados até 2035 para países mais desenvolvidos e até 2040 para os em desenvolvimento

Um grupo de 131 empresas de vários setores e tamanhos, incluindo Nestlé, Unilever, Bayer, Heineken e Volvo, escreveu uma carta conjunta, publicada nesta segunda-feira (23), pedindo que os líderes presentes na COP28, que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, cheguem a um acordo sobre um cronograma para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis.

Essas companhias, que têm juntas quase US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5 bilhões) em receitas anuais globais, querem que os participantes da cúpula climática da Organização das Nações Unidas deste ano comprometam-se a alcançar sistemas de energia 100% descarbonizados até 2035 para as economias mais ricas e ajudem financeiramente os países em desenvolvimento para que possam abandonar os combustíveis fósseis no máximo até 2040.

“As nossas empresas estão sentindo os impactos e os custos do aumento dos eventos climáticos extremos resultantes das mudanças climáticas”, diz a carta, coordenada pela organização sem fins lucrativos We Mean Business Coalition, que pressiona por uma maior ação climática a nível global. “Para descarbonizar o sistema energético global, precisamos aumentar a energia limpa tão rapidamente quanto eliminamos gradualmente a utilização e produção de combustíveis fósseis.”

Reportagem da Reuters observa que as corporações estão cada vez mais comprometidas com os próprios prazos para reduzir as emissões de CO2 que provocam o aquecimento do planeta, mas muitas reconhecem que a sua capacidade depende de uma ação mais rápida por parte dos governos.

COP28

A velocidade com que os países deverão eliminar gradualmente os combustíveis fósseis provavelmente será um dos temas mais polêmicos do evento deste ano.

Isso porque de um lado estão os cientistas que alertam que o mundo não está no caminho certo para evitar os piores impactos das mudanças climáticas e a Europa e alguns outros países que apelam para a eliminação de combustíveis fósseis e, do outro, fabricantes desses produtos e nações que dizem que não podem reduzir as emissões de CO2 com rapidez suficiente sem um apoio financeiro dos mais ricos.

Os ministros do clima dos países da UE aprovaram na semana passada a posição negocial do bloco para a COP28, concordando em pressionar por um acordo mundial para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis. A linguagem acordada pelos 27 países da UE fala em uma eliminação progressiva dos chamados combustíveis fósseis “incompensáveis”, ou seja, aqueles que não podem ser alvo de tecnologias de captura de carbono.

Texto:  Redação, do Um Só Planeta

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