Inteligência artificial generativa não é uma tecnologia viável apenas para grandes empresas. As pequenas e médias também consideram o uso dessa ferramenta principalmente para crescimento. A constatação é do estudo global “Back to Business”, da Visa, com recorte regional. De acordo com a pesquisa, que ouviu 2250 líderes de PMEs na Austrália, Brasil, Canadá, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Nova Zelândia, Singapura, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Estados Unidos, 87% consideram provável o uso de IA generativa e automação nos próximos 12 meses. A principal aplicação: criar vantagem em seus negócios para lidar com a concorrência ou focar em growth.
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Outro estudo, do Gartner, feito com mais de 1,4 mil líderes executivos, mostrou que 45% das empresas relatam estágios de teste para a tecnologia. Outros 10% já implementaram IA em seus processos de produção. Isso representa um aumento significativo em relação a um levantamento do Gartner realizado em março e abril de 2023, no qual apenas 15% dos entrevistados estavam testando a Inteligência Artificial Generativa e 4% indicaram o uso efetivo em suas empresas.
“As companhias não estão apenas falando sobre Inteligência Artificial Generativa. Elas estão investindo tempo, dinheiro e recursos para avançar nessa área e obter resultados de negócios”, afirma Frances Karamouzis, Analista e Vice-Presidente do Gartner. De fato, 55% das empresas relatam aumento nos investimentos em Inteligência Artificial Generativa desde que essa tecnologia ganhou destaque no domínio público há dez meses. “A Inteligência Artificial Generativa agora está na pauta de CEOs e conselhos de administração, enquanto buscam aproveitar o potencial transformador dessa tecnologia”, diz o analista.
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O Gartner anuncia que cerca de 78% dos entrevistados acreditam que os benefícios da Inteligência Artificial Generativa superam os riscos. Isso é mais alto do que os 68% que relataram esse sentimento na pesquisa anterior. “Os executivos estão adotando uma posição mais ousada em relação à Inteligência Artificial Generativa, à medida que veem como essa tecnologia pode impulsionar a inovação, a otimização e a disrupção. “Líderes de negócios e de TI entendem que a abordagem de ‘esperar para ver’ é mais arriscada do que investir”, diz Karamouzis.
O que explica o entusiasmo dos empreendedores com a IA?
De acordo com Xiko da Rocha Campos, Head de Soluções e Vendas para o Comércio da América Latina e Caribe, o entusiasmo existe porque, de fato, os benefícios da inteligência artificial nos negócios das pequenas e médias empresas são inúmeros e devem ser aproveitados.
“Por terem menos margem para cometer erros, os empreendedores estão constantemente atentos a novas ferramentas que lhe permitam obter ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, bem como assegurar a segurança digital e o aperfeiçoamento de sua comunicação com clientes, fornecedores e colaboradores. As possibilidades da IA nas operações das pequenas e médias empresas são vastas. Além da eficiência de processos, também permite que as empresas analisem, por exemplo, emoções, antecipem as necessidades do cliente e do mercado e se adaptem às mudanças com maior rapidez. Há, ainda, empresas brasileiras de diversos setores que utilizam a IA para segmentar o público-alvo e criar mensagens mais relevantes, melhorando, assim, o retorno do investimento quanto ao marketing personalizado”, destaca.
Nos últimos 10 anos, de acordo com o executivo, a Visa investiu mais de US$ 3 bilhões em IA e infraestrutura de dados. “Um ponto vital é estabelecermos a confiança do consumidor em torno da IA, de novas tecnologias e de dados. Neste sentido, é necessário que empresas como a Visa assumam o compromisso com a inovação sustentável a partir da criação de uma estrutura de governança que priorize a gestão responsável dos dados. Qualquer que seja a área de inovação, deve-se trabalhar para garantir que todas as implementações ou usos de dados ocorram de forma responsável, segura, confiável e segundo as normas.”
De: Pacete