quinta-feira,19 setembro, 2024

Tábua mostra o uso de vermelho para correções há 4 mil anos

A tabua data do Império Médio Egípcio e mostra a tentativa de um aluno e os erros ortográficos apontando por seu professor em vermelho

tualmente é costume que correções em provas e trabalhos sejam feitas por professores em caneta vermelha, no entanto, uma tábua do Antigo Egito, mostra que a prática já era realizada há 4 mil anos.

  • A tábua foi feita em gesso, permitindo sua reutilização, e data do Império Médio Egípcio;
  • O texto foi escrito em hierático;
  • Atualmente a placa se encontra exposta no museu The Met, em Nova York.

É comum associarmos a escrita dos antigos egípcios aos hieróglifos tradicionais, encontrados adornando paredes e monumentos e em rolos de papiro. No entanto, sua complexidade fez com que fosse desenvolvida uma espécie de letra cursiva, mais fácil de ser praticada e memorizada por escribas médios. Mas, os rabiscos vermelhos indicam que esse aluno tinha alguns problemas com a escrita de frases e a ortografia.

Além do uso do vermelho das correções, a tábua feita de gesso mostra uma prática utilizada até recentemente. As tábuas de gesso, tal como as tábuas de ardósia usadas até o início do século 20 em alguns lugares, eram reutilizáveis. Depois de totalmente preenchidas, elas eram revestidas com cal e usadas novamente. Na imagem, no canto esquerdo do quadro, é possível ver o resto de um antigo texto que não foi apagado.

O conteúdo da tábua

No livro O Cetro do Egito, o egiptólogo William C. Hayes, especializado em interpretação de textos, conta mais sobre o aluno e o que ele escrevia. De acordo com ele, a tábua foi utilizada por um jovem chamado Iny-su que praticava a escrita de cartas em um tom ultra-educado e muito formal.

O começo da carta é bem típico do período, na qual os deuses de Tebas e cidades adjacentes são invocados em nome do destinatário, na qual o aluno usa o nome do próprio irmão. Já no restante da carta ele escreve sobre a entrega de várias partes de um navio, provavelmente uma barca sagrada.

Texto: Mateus Dias

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