O Global Innovation Index avalia cerca de 80 indicadores para elencar as economias mais inovadoras. Pela primeira vez, o desempenho nacional chegou ao topo do ranking regional, desbancando o Chile
O Brasil chegou à liderança da América Latina no Global Innovation Index 2023 (GII), lista elaborada pela World Intellectual Property Organization (WIPO), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU). No ranking global, o país ocupa o 49º lugar entre 132 economias mapeadas.
O relatório leva em consideração cerca de 80 indicadores para elencar os países de acordo com suas capacidades de inovação. Pelo 13º ano, a Suíça liderou o ranking, seguida por Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura.
O Brasil vem melhorando a sua posição no ranking a cada ano: em 2020, estava na 62ª colocação, subindo para 57ª em 2021 e 54ª em 2022. Na edição de 2023, o país desbancou o Chile, que detinha o título de país mais inovador da América Latina no ano passado e caiu para a segunda posição, seguido pelo México, em terceiro.
Entre os países definidos como de renda média alta, o Brasil aparece em sexto lugar. Quem lidera é a China, na 12ª colocação geral, seguida por Malásia (36ª), Bulgária (38º), Turquia (39ª) e Tailândia (43ª).
Segundo a pesquisa, as áreas de maior expressão da inovação brasileira são sofisticação dos negócios (39ª posição) e ideias criativas (46ª posição). Por outro lado, as áreas mais fracas são conhecimento e ideias tecnológicas (52º lugar), capital humano e pesquisa (56º) e infraestrutura (58º).
Segundo o relatório, os pontos fortes do país são escala do mercado doméstico, participação eletrônica e registro de patentes.
O índice listou ainda os principais unicórnios brasileiros, todos com valor de mercado de US$ 5 bilhões: QuintoAndar, C6 Bank e Creditas. Nesta frente, o país aparece em 22º no ranking global, que levou em consideração o valuation de 16 unicórnios. Segundo o GII, essas empresas representam 1,9% do PIB do país em 2023.
Texto: Rebecca Silva