A era 5G de conectividade criará condições para passar da automação para a autonomia do varejo. E essa autonomia já pode ser vista em armazéns logísticos de grandes varejistas, com o uso da Inteligência Artificial calculando o melhor posicionamento dos estoques em tempo real, com ganhos de 25% de desempenho e de 20% na redução de custo.
“As tecnologias são a base da indústria 4.0 e criam uma cadeia para que a robótica passe a ter autonomia, e não só automação. A automação traz redução de custo, mas a autonomia traz muita redução de custo”, afirma Cristiano Moreira, gerente de produtos da Embratel.
O próximo passo, destaca Moreira, é levar essa autonomia para o consumidor, em um conceito B2B2C, em uma relação comercial fluida entre duas grandes empresas e o consumidor final. “Podemos pegar, por exemplo, uma grande empresa, como a Claro, fazendo uma relação comercial com algum outro grande varejista, que utilizará a infraestrutura [de rede] para atender a uma demando do cliente”, explica.
Em outro exemplo, Moreira cita geladeiras que sairão de fábrica com dispositivos conectados com os fornecedores, sem a necessidade de uma rede de internet. “Essa interação fluída, do B2B2C é a próxima linha que o varejo vai seguir com a expansão da infraestrutura”, afirma.
Experiência personalizada
A expansão da infraestrutura 5G pelo Brasil, com a integração das tecnologias de identificação dos consumidores, já permite atendimento personalizado em tempo real, com o uso de analytics e IA.
“Esse tipo de interação personalizada é um auxílio ao vendedor do varejo, que vai levar o consumidor para o próximo nível de relacionamento. E o uso dessas tecnologias em tempo real precisa de uma infraestrutura robusta de rede”, diz Moreira.
O executivo cita a solução omnichannel da Embratel, que une todos os canais de comunicação com o cliente, como chat, voz, e-mail, chatbot, redes sociais e mais. E também a plataforma Geodata, que fornece diferentes informações com o perfil de clientes em uma determinada região.
Texto: Larissa Féria