No ano, o setor acumula em alta de 3,7%. Em 12 meses, porém, ainda tem queda de 5,4%. Serviços prestados às famílias avançaram 9,3% em abril, mas ainda estão 40% abaixo do nível de fevereiro do ano passado.

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em abril, na comparação com março, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor recuperou parte do recuo de março (-3,1%), mas continua abaixo do patamar pré-pandemia.

O setor de serviços ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 e 13,1% abaixo do pico histórico, registrado em novembro de 2014, segundo o IBGE.

Na comparação com abril de 2020, o volume de serviços avançou 19,8%, segunda taxa positiva seguida e a mais intensa da série histórica, iniciada em janeiro de 2012, favorecida pela fraca base de comparação, já que em abril do ano passado o setor havia tombado 17,3% na série interanual.

No acumulado de janeiro a abril, o setor tem alta de 3,7% – o maior resultado desde abril de 2014 para os 4 primeiros meses do ano.

Em 12 meses, porém, ainda está negativo, mas manteve a trajetória de recuperação iniciada em fevereiro, ao passar de -8% em março para -5,4% em abril.

O setor de serviço é o que possui o maior peso na economia brasileira e tem sido também o mais prejudicado pela pandemia do coronavírus por maior dependência de atividades presenciais.

Resultado acima do esperado
 

A alta na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de expansão de 0,4%. O intervalo das projeções era amplo, de queda de 1% a alta de 2,1%. Já a expectativa mediana para o resultado de abril de 2021 frente a abril de 2020 era de 18,9%, com intervalo entre 16% e 20,8%.

Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades:

  • Serviços prestados às famílias: 9,3%
  • Serviços de alojamento e alimentação: 9,8%
  • Outros serviços prestados às famílias: 0,9%
  • Serviços de informação e comunicação: 2,5%
  • Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): 3,1%
  • Telecomunicações: 0,8%
  • Serviços de Tecnologia da Informação: 5,3%
  • Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: 1,0%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,6%
  • Serviços técnico-profissionais: -0,1%
  • Serviços administrativos e complementares: -1,3%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: zero
  • Transporte terrestre: -0,9%
  • Transporte aquaviário: 5,6%
  • Transporte aéreo: -15,5%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 0,3%
  • Outros serviços: -0,9%

Recuperação desigual

A alta de 0,7% de março para abril foi acompanhada por apenas duas das cinco atividades pesquisadas: informação e comunicação (2,5%) e serviços prestados às famílias (9,3%), liderados, principalmente, pelos restaurantes.

“Esse resultado dos serviços prestados às famílias deve ser relativizado, já que em março eles caíram 28,0%, no momento em que houve decretos estaduais e municipais que restringiram o funcionamento de algumas atividades para controle da disseminação do vírus. Isso fez o consumo reduzir significativamente naquele mês, então em abril houve um crescimento maior por conta da base de comparação muito baixa”, ponderou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O setor de serviços prestados às famílias, que possui o maior peso na pesquisa, ainda está 40% abaixo do patamar pré-pandemia. Veja abaixo os segmentos com recuperação mais lenta e aqueles que já superaram o nível de antes da Covid.

fonte: G1

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