Benjamin Netanyahu também pediu que o bilionário combata qualquer forma de discurso de ódio “dentro dos limites da Primeira Emenda”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu a Elon Musk – dono do X (antigo Twitter), Tesla e SpaceX – que “reverta” o antissemitismo (ódio contra judeus) na rede social. A fala veio durante uma conversa, na tarde desta segunda-feira (18).
Para quem tem pressa:
- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu a Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), para combater o antissemitismo na rede social;
- Netanyahu também elogiou o compromisso de Musk com a liberdade de expressão e pediu que ele também combata qualquer forma de discurso de ódio, respeitando os limites da Primeira Emenda da Constituição dos EUA;
- Musk respondeu que é contra atacar qualquer grupo e expressou sua visão de uma humanidade unida na exploração do espaço, sem conflitos internos e negatividade.
- Desde a aquisição do Twitter (agora X Corp.) em 2022, Musk demitiu grande parte da equipe responsável pela aplicação das regras de conteúdo;
- Isso causou críticas sobre o enfraquecimento das políticas contra discurso de ódio na plataforma. Ele também enfrentou atritos com grupos de monitoramento de ódio online.
O papo entre os dois ocorreu enquanto Netanyahu fazia uma visita breve à Califórnia antes de viajar para Nova York para se reunir com líderes mundiais na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Discurso de ódio no X
Após conversarem sobre regulamentação da inteligência artificial (IA), Netanyahu elogiou Musk por seu compromisso com a liberdade de expressão e pediu a ele que lutasse contra o discurso de ódio, conforme reportado pela CNN.
Musk respondeu que era “contra atacar qualquer grupo, não importa quem seja” e que sua visão de a humanidade se tornar uma espécie que viaja pelo espaço é minada por “brigas internas, ódio e negatividade”.
Contexto da conversa
Desde que comprou o Twitter (agora chamado de X Corp.), em 2022, Musk demitiu mais de 80% da equipe, incluindo muitos membros de times de confiança e segurança encarregados de projetar e aplicar as regras de conteúdo da plataforma.
Além de provocar alegações de que enfraqueceu a aplicação das regras da X contra o discurso de ódio, Musk aumentou as tensões com grupos da sociedade civil – em particular, a Liga Anti-Difamação, que ele ameaçou processar por suas críticas à plataforma.
Em agosto, a X Corp. processou outro grupo de monitoramento de discurso de ódio, o Centro de Combate ao Ódio Digital, por conta de uma pesquisa realizada pela organização sem fins lucrativos na qual apontou que o X falhou em remover conteúdo que viola suas próprias regras.
Fonte: Olhar Digital