sexta-feira,22 novembro, 2024

Inteligência artificial no foco das cooperativas de agronegócio

Tecnologia pode transformar a maneira de trabalho no campo agrícola

A inteligência artificial (IA) foi tema de debates entre a sociedade ainda nos anos 1950, mas foi recentemente que ela foi introduzida na vida cotidiana das pessoas. Assistente de voz, reconhecimento artificial e mecanismos de busca foram os principais locais em que esse artifício ganhou espaço. Em resumo, inteligência artificial é um campo da ciência da computação com estudos voltados para o desenvolvimento de máquinas e softwares que buscam imitar o comportamento humano.

“De forma simples, a inteligência artificial no agronegócio é o uso de um conjunto ferramentas digitais capazes de aprender, de tomar decisões e de automatizar os nossos processos. Na prática, estamos treinando máquinas e sistemas para terem capacidade racional como semelhante à dos humanos. O uso de inteligência artificial se dá pela coleta dos dados no campo ou nos nossos diferentes negócios do setor, que será processada em nuvem e nos permitirá análises preditivas, mais assertivas”, explica a engenheira agrônoma Cinthya Mônica Zanuzzi.

A engenheira, especialista no campo agrônomo, relata sobre a maneira que a inteligência artificial pode impactar o dia a dia nas cooperativas de agronegócio. Ela enaltece que, o primeiro passo para realizar essa análise, é ter em mente que as cooperativas estão em busca do desenvolvimento das propriedades e seus cooperados.

“Quando falamos de como a inteligência artificial pode impactar o cooperativismo, temos que entender a relevância desse setor no agronegócio, que procura a promoção do desenvolvimento econômico e social de maneira sustentável e equilibrada, ou seja, tem muita relação com o que inteligência artificial pode nos auxiliar para atingir esses objetivos”.

Eficiência nas cooperativas de agronegócio

Um dos propósitos reforçados pelas cooperativas é a necessidade de olhar para a sustentabilidade e utilizar o menor número de recursos, sejam eles naturais ou financeiros. A engenheira agrônoma Cinthya explica que ao utilizar os mecanismos da inteligência artificial pode auxiliar no alcance dessa melhoria e transformar a maneira que as atividades agrícolas são realizadas.

“Como exemplo, para tomar decisões para o plantio podemos através das ferramentas de inteligência artificial monitorar e prever as condições climáticas e os recursos naturais, como temperatura, precipitação, vento, podemos ter de cruzar com as informações e histórico da área, cultivar semeada, produtividade para tomar decisão da melhor época, variedade, produtividade esperada, as máquinas vão nos ajudar com todas essas informações e o ser humano quem toma a decisão”, enaltece.

De acordo com Cinthya, as cooperativas podem ser a grande virada de chave, fornecendo o conhecimento para os seus cooperados de todos os benefícios que a inteligência artificial oferece. Isso pode acontecer de diversas maneiras, inclusive, viabilizando o uso das tecnologias, levando a educação e ensinando como usar o artifício da melhor maneira. Existem mecanismos que ainda não foram disponibilizados, mas que farão toda a diferença.

“Já ouvimos falar também nos carros e máquinas autônomas, como tratores e pulverizadores, elas têm ou vão ter a capacidade de coletar dados, processar e decidir os processos do plantio, com todas, pois vamos ensinar ela a fazer isso”.

Desafios a serem superados

Como em todos os setores, a inclusão de inteligência artificial nas atividades do agronegócio catarinense é um processo. O primeiro passo é compreender que, no momento, existe uma falta de mão de obra no campo, principalmente, que saiba trabalhar com as novas tecnologias.

“Essa é uma dificuldade, mas também, uma oportunidade, para os profissionais de capacitarem ou para os novos profissionais.” exalta Cinthya.

Para as cooperativas não seria diferente, os desafios em integrar os dados, os sistemas de análise, a conectividade no campo, como o uso da internet, pode ser complexo inclusive, levando em consideração que ainda é preciso discutir detalhes éticos e os riscos que a inteligência artificial pode trazer. O processo de integração deve ser realizado aos poucos. Mas que ao ser concretizado, trará uma nova perspectiva para as cooperativas e cooperados.

“Podemos ter uma ilustração da dimensão no desenvolvimento de novos negócios para as cooperativas. Como uso de robôs agrícolas, tratores autônomos, drones agrícolas, monitoramento da colheita, da irrigação, das pulverizações de forma automatizada.” informa Cinthya.

Parcerias podem ser o caminho

O campo da IA é amplo, e é preciso estar aberto à inclusão. Para Cinthya, o melhor caminho ainda é buscar parcerias que possam auxiliar no processo de inclusão nas cooperativas de agronegócio.

“A inovação aberta é trabalhar em conjunto com outras pessoas, times ou empresas. Buscar soluções dentro e fora das corporações permite que novas ideias possam contribuir para a criação e desenvolvimento de projetos. Assim otimizam os custos.”, finaliza.

Fonte: G1

Redação
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